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Colégio no Rio de Janeiro desenvolve criptomoeda para incentivar educação financeira

Na capital fluminense, colégio Santa Marcelina cria CriptoSanta, que pode ser trocada por pontos e experiências

Novas ferramentas de Inteligência Artificial já se tornaram essenciais para potencializar os resultados de marketing (Getty Images/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de junho de 2023 às 12h06.

Última atualização em 14 de junho de 2023 às 16h00.

Uma disciplina para os jovens do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Santa Marcelina no Rio de Janeiro está incentivando a educação financeira por meio das criptomoedas. Chamada de CriptoSanta, a criptomoeda da escola pode ser trocada por pontos e experiências e foi implementada em março deste ano.

Em comunicado, a instituição de ensino diz que o objetivo da iniciativa é "proporcionar, de forma lúdica, a experiência da manipulação de uma moeda virtual, incentivando os estudantes a compreenderem o funcionamento do mercado financeiro e a maneira de se comportar nele, incluindo as noções de valorização e desvalorização da criptomoeda, bem como compra e venda de produtos".

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De acordo com o vice-diretor do Colégio Santa Marcelina, Felipe Perdigão, a abordagem focada em moedas digitais permite aos jovens um maior domínio e compreensão dessa nova tendência do setor financeiro. “Desenvolver noções de Educação Financeira proporciona aos estudantes a consciência sobre administração e uso de recursos, além de propiciar maior autonomia”, afirmou.

Desenvolvimento financeiro e social

O projeto com a criptomoeda faz parte da disciplina “Trilhas”, criada para desenvolver competências e habilidades por meio de metodologias ativas e do protagonismo estudantil. O índice de valorização e desvalorização da CriptoSanta é baseado na quantidade de ações desenvolvidas no semestre, a partir da participação em atividades de Matemática, Química, Língua Portuguesa e Geografia.

A disciplina “Trilhas” do Colégio Santa Marcelina é estruturada em três etapas ligadas aos projetos a serem desenvolvidos pelos estudantes, que consistem em Iniciação e Planejamento, a fim de definir respostas às perguntas básicas sobre o objetivo, motivo e cronograma de um projeto, a Ideação e Execução, que consiste em um plano de ação, monitoramento e controle, e a última etapa, o Encerramento, que engloba a revisão geral do projeto e devolutiva social.

As três etapas, por sua vez, se dividem em três fases. “Em cada uma das fases, os estudantes realizam tarefas e participam de desafios em perguntas das disciplinas parceiras do projeto, que atualmente são compostas por Matemática, Química, Língua Portuguesa e Geografia. A partir desta dinâmica, é possível acumular pontos, representados pela moeda virtual, as quais podem ser trocadas por momentos de lazer, descontos na cantina, eventos na escola, entre outras ações dentro da instituição”, explicou o Professor Carlos Eduardo Campos.

O colégio, fundado em 1838 em Milão, agora busca unir o tradicionalismo com a inovação. Segundo os idealizadores do projeto, a digitalização financeira já faz parte do cotidiano e por isso este tipo de conhecimento pode contribuir para a formação de jovens que terão de dialogar com essas tecnologias no futuro.

Segundo o Professor Emerson Santos, a ideia é que a moeda CriptoSanta também renda juros e tenha um câmbio acadêmico, baseado em ações relacionadas às atividades sócio emocionais no colégio. Desta forma, os estudantes podem se planejar para definir quando e como gastar as moedas conquistadas, visto que as mesmas podem valorizar.

Além disso, o projeto tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de outras ações educacionais do colégio que não necessariamente estão ligadas à educação financeira.

“Em um determinado período em que a escola desenvolve muitos projetos, temos uma valorização do câmbio da CriptoSanta. Em contrapartida, se o colégio estiver com poucos projetos em andamento, teremos uma desvalorização da moeda, corroborando para que o estudante aprimore seu senso de finanças, entendendo que este cenário também acontece no mundo real”, acrescentou Campos.

No ensino superior, a Link School of Business também se destacou recentemente ao adotar e incentivar o uso do ChatGPT e outras ferramentas de inteligência artificial em suas provas e vestibulares.

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