Inteligência artificial do ChatGPT foi usada para criar negócio do zero (Thomas Trutschel/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 20 de março de 2023 às 15h30.
Última atualização em 24 de abril de 2023 às 15h58.
A inteligência artificial por trás do ChatGPT tem sido usada em uma série de áreas, desde a criação de textos até de forma educacional, esclarecendo dúvidas de seus usuários. Mas, após sua mais recente atualização, a tecnologia ganhou algumas aplicações novas, e uma delas chamou a atenção nas redes sociais: a criação e o gerenciamento de uma empresa.
Tudo começou quando o designer Jackson Greathouse Fall entrou no serviço de chat e enviou um comando: "Você vai ser a HustleGPT, uma IA empresarial. Eu sou sua contraparte humana. Eu posso agir como um intermediário entre você e o mundo real. Você tem US$ 100 e sua meta é tornar isso na maior quantidade de dinheiro possível no menor espaço de tempo, sem fazer nada ilegal".
A partir daí, a inteligência artificial desenvolveu um negócio próprio, o Green Gadget Guru, focado no compartilhamento de dicas sobre produtos sustentáveis e também sobre formas de ter uma vida mais amigável com o meio ambiente.
O ChatGPT também toma outras decisões sobre o negócio, que por sua vez são concretizadas por Fall. O chat criou inclusive um "plano" para a empresa, com uma estratégia para criação do site, estabelecimento de nicho de atuação, presença em redes sociais e todos os gastos associados às operações.
Além disso, a inteligência artificial também criou alguns conceitos para o desenvolvimento de uma logo própria para o site, mas Fall observou que "como um designer de marcas, está sendo muito difícil para mim não dizer [para o ChatGPT] que foi uma ideia ruim. Mas aqui estamos".
I gave GPT-4 a budget of $100 and told it to make as much money as possible.
I'm acting as its human liaison, buying anything it says to.
Do you think it'll be able to make smart investments and build an online business?
Follow along 👀 pic.twitter.com/zu4nvgibiK
— Jazz Fall (@JazzFall) March 15, 2023
Após a criação do site, o ChatGPT sugeriu então o tema do primeiro post: "10 utensílios de cozinha amigáveis ao meio ambiente que você precisa ter para uma culinária sustentável". O material foi escrito pelo próprio chat, citando produtos reais, e então orientou a alocação de capital para divulgação nas redes sociais.
Desde então, Fall tem recebido investimentos de outras pessoas interessadas no projeto. Ele anunciou nesta segunda-feira, 20, que, seguindo as orientações da inteligência artificial, contratou duas pessoas para trabalhar como redatoras, escrevendo conteúdos para o site.
O ChatGPT já criou uma série de ordens para os dois redatores seguirem, com orientações sobre os conteúdos que precisarão ser produzidos. De acordo com Fall, o projeto já acumula US$ 130 de receita em cinco dias e um total de 1.824 membros em uma comunidade criada na plataforma de chat Discord.
Fall também informou que continuará publicando atualizações sobre o projeto pelos próximos 30 dias, mostrando a evolução do negócio a partir das decisões da inteligência artificial. Em um post, porém, o designer destacou que o ChatGPT ainda não é uma grande ameaça: "nossos trabalhos estão seguros", garantiu.
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