Bitcoin segue sendo a maior criptomoeda do mercado (peshkov/Getty Images)
A capitalização de todo o mercado de criptomoedas caiu 15,9% na comparação entre o o quarto e o terceiro trimestre de 2022, de acordo com um levantamento da exchange Binance. Entretanto, o setor tem dado sinais de recuperação nestas primeiras semanas de 2023.
O estudo aponta que a capitalização do setor teve uma forte queda ao longo de 2022, associada ao ambiente macroeconômico adverso e também aos problemas internos do segmento, em especial as falências de uma série de grandes empresas. Se no início do ano passado o valor total era maior que US$ 2 trilhões, agora está abaixo de US$ 1 trilhão.
Os dados apontam ainda que o índice que mede o medo dos investidores de criptomoedas subiu seis pontos nos três últimos meses de 2022. O período coincidiu com a falência da exchange FTX em novembro, que até então era a segunda maior corretora do mercado. Com isso, o medo entre investidores ganhou força.
Além disso, o número de criptomoedas com uma capitalização de mercado acima de US$ 1 bilhão também caiu no quarto trimestre de 2022, passando de 51 para 37. A maior queda ocorreu em novembro, de 24%, e ela foi associada pela Binance aos efeitos da quebra da FTX.
Considerando a performance dos dez maiores ativos digitais no acumulado do ano, 2022 representou a maior queda em valor para o bitcoin desde 2018, de 64,42%. Outras moedas digitais menores caíram ainda mais, caso do Polkadot (-84,90%) e da Cardano (-81,21%). A menor queda foi do Tron, de 29,53%.
No quarto trimestre, o bitcoin e o ether aumentaram a fatia que controlam no mercado de criptomoedas, com uma expansão de 1%. O bitcoin segue sendo a maior criptomoeda do mercado, com uma fatia de mais de 40%, enquanto o ether corresponde a cerca de 20%.
O relatório aponta ainda que o número de transações nos principais blockchains do mercado caiu em média 15% no quarto trimestre. Uma das maiores quedas foi da Solana - diretamente prejudicada pela FTX -, com 52%. Já a Ethereum teve um recuo de 13%, e a BNB Chain - desenvolvida pela Binance - registrou uma perda de 50%.
Em relação à área de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês), o levantamento aponta uma continuidade da queda no valor total depositado (TVL) nos protocolos. Nos últimos três meses de 2022, o recuo foi de 27%, encerrando o ano com US$ 39,1 bilhões contra os US$ 128,5 bilhões no início do ano. A Binance avalia que o "ambiente desafiador do mercado continua a pesar no sentimento" dos investidores.
A Ethereum segue tendo a maior fatia de mercado no mundo do DeFi, passando da casa dos 60%, e sendo seguia pelos blockchains BNB Chain e Tron. Já no segmento de stablecoins - criptomoedas atreladas a outro ativo - pareadas ao dólar, o Tether (USDT) aumentou sua fatia de mercado no quarto trimestre, beirando os 50%, assim como a USDC. Já o BUSD, stablecoinda Binance, teve um recuo.
Além das criptomoedas, o relatório também analisou o comportamento do mercado de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) no quarto trimestre. As vendas subiram 17% em relação ao terceiro trimestre, com o acumulado no ano aumentando 10% ante 2021. Ao mesmo tempo, a média de compradores únicos diários caiu 19%.
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