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Atlético-MG ultrapassa números de 2023 na Copa do Brasil e aumenta arrecadação em 150%

Após um ano de inauguração da Arena MRV, inovações tecnológicas e ações com a torcida incentivam alta de público e renda no estádio

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 19h30.

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No próximo domingo, 10, às 16h, o Atlético-MG entra em campo contra o Flamengo pelo jogo de volta da decisão da Copa do Brasil, na Arena MRV. O clube mineiro fez do novo estádio sua fortaleza e perdeu apenas cinco dos 32 jogos disputados em casa na atual temporada.

Além dos resultados positivos dentro de campo, o Galo também alcançou números importantes fora dele, com uma média de R$ 2,9 milhões em bilheteria a cada partida como mandante, o que representa um aumento de 143% em relação à média na edição de 2023 da competição nacional.

No ano passado, o Atlético Mineiro disputou somente duas partidas como mandante pela Copa do Brasil, contra Brasil de Pelotas e Corinthians, ambas no Mineirão, e registrou uma renda média de R$1,2 milhões. Já em 2024, com todos os jogos da competição sendo realizados na Arena MRV, o Galo atingiu um aumento significativo em seus números. Na edição atual, o clube já alcançou cerca de R$12 milhões de renda. Em relação ao público, os valores cresceram em 25%, saindo de 31.538 para 39.474 torcedores presentes, em média.

Considerado como um dos estádios mais modernos da América Latina, a Arena MRV utiliza diversas tecnologias como forma de atrair e acolher os torcedores no local. Uma destas inovações que facilita a experiência do público é o reconhecimento facial, tendência tecnológica presente na maioria das arenas brasileiras. Esta é uma medida que, conforme a Lei Geral do Esporte, será obrigatória em estádios com mais de 20 mil pessoas, além de ser, inclusive, uma das apostas para redução da violência nos estádios de futebol.

Na nova casa do Galo, este controle de acessos é feito a partir da tecnologia de reconhecimento desenvolvida pela Imply ElevenTickets, empresa líder no fornecimento de inovações tecnológicas para clubes de futebol. Este recurso também está presente em palcos como a Arena do Grêmio, Beira-Rio, Maracanã, Ligga Arena, Arena das Dunas, Arena Pernambuco, Arena Fonte Nova, Ilha do Retiro, São Januário, Alfredo Jaconi, e alguns outros.

“Atualmente, os 18 portões da Arena MRV possuem um sistema de tecnologia integrada, voltado para modernização, que possibilita uma alta performance do controle de acessos no estádio mais tecnológico da América Latina. Assim, buscamos oferecer aos torcedores conforto, praticidade e, principalmente, segurança aos apaixonados pelo Galo. Estes diferenciais auxiliam não só na gestão da arena, mas também melhoram a experiência do torcedor, o que resulta em uma maior presença de público e, consequentemente, um aumento nas receitas do clube”, afirma Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply.

Na Arena MRV, ainda existem outros atrativos e diferenciais, como o oferecimento de um sistema de internet de alta densidade e o SuperApp, aplicativo que pode ser usado de diversas maneiras no estádio, como na compra de tíquetes, pedido de bebidas, reserva de estacionamento, entre outras ações. Além disso, para a realização de compras no local, também é possível a utilização de cartões de consumo que podem ser carregados nos caixas físicos.

Para Cristiano Maschio, CEO da Qesh, empresa especializada em gerenciamento de pagamentos, este desenvolvimento de sistemas inteligentes, como é o caso do aplicativo do estádio, é também benéfico para o clube, já que ele possui um grande diferencial para os torcedores que vão acompanhar o time. “No fim, não se lucra somente com os pagamentos, o lucro também é proveniente de outros produtos, como por meio de informação e inteligência”, avalia o executivo.

Na mesma linha, Cristiano ainda indica como ações semelhantes a estas são capazes de fidelizar o torcedor, que é também um cliente. “As carteiras digitais poderiam ser um domínio do próprio clube. Patrocínios com bancos, por exemplo, que ficam certo tempo no clube ou em seus aposentos, são capazes de gerar uma carteira de clientes muito interessante. Porém quando essa parceria se encerra, tudo isso vai embora. Se os times tivessem esse aparato em suas mãos, mesmo que um dia o laço acabe com o patrocinador, o cliente continuaria fidelizado à arena,” completa o CEO.

No início da trajetória do clube mineiro no estádio, algumas ações foram realizadas para engajar o público e ajudar a construir uma identificação entre torcida e arena. Uma delas foi a produção de conteúdos específicos nas redes sociais, que destacavam as experiências vividas pelos torcedores na nova casa, organizada pela patrocinadora Multimarcas em parceria com influenciadores atleticanos.

“Nós pensamos em promover conteúdos criativos com criadores atleticanos, cada um ao seu estilo, como uma forma de criar conexão com o torcedor. O objetivo foi estimular a originalidade e a diversão para engajar a grande massa atleticana”, afirma Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, empresa parceira do Galo desde 2020 e que organizou a competição entre os influenciadores.

“O Atlético está demonstrando como inovação e estratégias de experiência podem transformar um simples estádio em uma poderosa plataforma de geração de receita e fortalecimento de marca”, pontua Bruno Brum, CMO da agência End to End, parceira estratégica do clube desde 2020, e que participou de ações como a idealização do Manto da Massa - com concurso que permitia aos torcedores elaborarem o design do uniforme –, além de ter atuado na reestruturação do programa de sócios-torcedores do clube.

“A comparação no desempenho esportivo e financeiro do clube nas Copas é uma clara demonstração de como a Arena MRV não apenas melhora a performance dentro de campo, mas também oferece uma experiência única para os torcedores fora dele, criando um ciclo virtuoso de engajamento e crescimento financeiro”, conclui.

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