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Bob Burnquist: "Estamos tentando criar uma ponte entre quem é de Web3 e quem não conhece"

Em entrevista à EXAME, lenda do skate falou sobre evento NFT Brasil, que busca apresentar os diferentes segmentos do mundo Web3

Bob Burnquist: lenda do skate está ligado a evento de Web3 (HBO/Divulgação)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 10h30.

Um "evento ponte". É assim que Bob Burnquist, uma das maiores lendas do skate mundial, define o NFT Brasil. Considerando um dos maiores eventos de Web3 da América Latina, o projeto chega à sua segunda edição com o objetivo de explorar os diferentes lados do mundo cripto, indo além dos tokens não-fungíveis ( NFTs , na sigla em inglês).

Em entrevista à EXAME, Burnquist explica que o evento "não é endêmico. A gente não canta só para o coro. A gente está tentando criar essa ponte. Não focamos apenas em pessoais do meio, da Web3. A nossa conversa é para trazer as pessoas para dentro. Buscamos construir essa conexão em um momento importante para o setor".

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O atleta e empresário destaca que o evento, que ocorrerá no Pavilhão da Bienal em São Paulo nos dias 12 e 13 de setembro, reflete também a intenção de conectar um "espaço tradicional de arte com um evento de arte digital, e todo o negócio por trás. A arte vira um imã, mas o blockchain é que traz todas as oportunidades. É um momento para interagir e aprender".

"É um evento de negócio com cultura e alma. O evento é para quem sabe muito e é do meio, e para quem não sabe nada e é de fora", resume.

NFTs?

Ao mesmo tempo, Burnquist reconhece que o evento pode precisar de uma mudança de nome nos próximos anos. "A gente sabe que NFT é um padrão de token, mas tem diversos padrões. O evento nasceu em uma sequência. Tem diversos eventos no mundo na franquia NFT, baseada em exposição de arte e que, por ser baseado em uma tecnologia, contava com painéis".

"A gente entende que, para poder falar do evento como um todo, o nome tem que ser revisado. Para a exposição faz sentido, porque as artes são NFTs. Se as pessoas vão pagar não sei quantos milhões ou pouco por um NFT não importa. A gente nunca sabe quanto vai custar, é a questão do que enxerga em relação à marca", ressalta.

Ele pontua ainda que "os NFTs são uma dinâmica e funcionalidade. É a arte, mas também pode ser título de eleitor, o token de governança, as moedas para pagar transações. Os grandes protocolos geram esses tokens internos, e nesse ciclo das memecoins agora, tem essas formas de fazer um marketing de identidade dentro de uma tecnologia".

"O nome NFT Brasil continua sendo válido na experiencia de arte, mas estamos de olho na evolução para dar o próximo passo e desconfundir. Precisa ajustar o nome, mas não podemos fazer isso da noite pro dia. No momento, entendemos que a experiência de arte ainda justifica manter o nome, refletindo essa parte artística e cultural. Mas o evento fala de tudo, e agora temos que ter essa visão de transição", avalia.

IA e novos projetos

Uma das novidades do evento neste ano é um conjunto de painéis específicos sobre inteligência artificial. Burnquist comenta que "existe uma centralização das big techs em IA. O futuro de IA é na descentralização, a IA descentralizada está vindo, mas a ideia é que, dentro da Web3, ela também pode ajudar muito a se inteirar e saber mais sobre esse novo caminho, essa nova forma de transacionar".

Além do evento em si, os responsáveis também estão desenvolvendo diferentes projetos. Uma delas é uma plataforma de Web3 voltada para a tokenização de arte, trazendo também elementos de gamificação, focada em um público que ainda não "entrou e interagiu com a Web3". Há, ainda, o desenvolvimento do Metaverso São Paulo, projeto em parceria com a Prefeitura.

"Metaverso é outro que as pessoas falam que morreu. É verdade que um metaverso parado morre, mas um gameficado não. Os metaversos já existem há anos, mas hoje pode ir numa plataforma e construir o seu. Nós construímos o nosso com objetivos gameficados, que vai ser ativado e construir o Metaverso São Paulo na mesma linha. É uma forma de ensinar e conectar de maneira divertida, engajada e gameficada", diz.

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