Blockchain é tecnologia que pode ajudar a rastrear criminosos, afirma ministro Paulo Guedes
Ministro da Economia destacou que futuro digital já é realidade, o que deve trazer mudanças para a sociedade
João Pedro Malar
Publicado em 28 de setembro de 2022 às 17h20.
Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 17h35.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na terça-feira, 27, que a tecnologia blockchain poderá ser usada para rastrear criminosos conforme a digitalização da economia avança.
Em sua participação no podcast Flow, ele foi questionado sobre casos recentes de golpes e outros crimes que utilizam o Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos.
Ele ressaltou que “toda tecnologia pode ser usada pelos dois lados”, mas que a “nova era digital” também possui as suas vantagens. “Nesse caso da criminalidade digital, acho que vamos ter que mergulhar nisso. Existem tecnologias muito interessantes, como o blockchain”, disse.
Guedes avaliou que o Brasil deve ter em breve uma moeda digital, se referindo ao Real Digital, atualmente em estudos pelo Banco Central. Para ele, “vai acabar esse negócio de dinheiro de papel, vai ser tudo digital”.
“Vai ter um blockchain embaixo, que dá o encadeamento todo, e pode fazer o rastreamento inteiro. Se alguém te sequestrar e o dinheiro for para algum lugar que o cara queria usar, como não vai ter dinheiro, pegar fisicamente, vai ter que desviar para uma conta, e vai ser possível rastrear e pegar o cara”, explicou o ministro.
Guedes afirma que há uma “corrida tecnológica do bem contra o mal, hackers querendo furar o sistema, todos os sistemas”, mas que “esse futuro digital já chegou, está chegando, e vamos ter mudança”.
Atualmente, algumas das maiores economias do mundo estudam projetos de implementação de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), caso dos Estados Unidos e zona do euro. A China, por exemplo, já lançou o chamado “Yuan Digital”. No Brasil, o Banco Central estuda uma série de projetos para um “Real Digital”, como parte do LIFT Challenge Real Digital.
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