Bitcoin sobe para US$ 30 mil e Luna 2.0 faz estreia no mercado cripto
Estreia da nova LUNA não faz sucesso após a criptomoeda original ter colapsado; bitcoin vira preferência de investidores que buscam por segurança
Mariana Maria Silva
Publicado em 30 de maio de 2022 às 11h05.
Última atualização em 30 de maio de 2022 às 12h18.
Apesar da baixa capitalização e negociação, o mercado de criptomoedas inicia a semana no verde nesta segunda-feira, 30. As principais moedas apresentam alta modesta, mas significativa. O bitcoin, a maior delas, ultrapassa uma importante faixa de preço apontada por especialistas.
De acordo com o analista do BTG Pactual, Lucas Costa, o bitcoin precisa se manter acima dos US$ 30 mil para que novos movimentos de alta sejam favorecidos. No entanto, a principal criptomoeda falhou em se manter na faixa de preço nas últimas semanas.
Antes de fechar a nona semana consecutiva no vermelho, o preço do bitcoin subiu, finalmente rompendo os US$ 30 mil. No momento, a criptomoeda é negociada por US$ 30.350 e apresenta alta de 3,45% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
O sentimento do mercado cripto ainda é de “medo extremo”, de acordo com o Índice de Medo e Ganância. No entanto, a fuga dos ativos de risco não aparenta ser a única consequência disso.
Em um cenário de pessimismo generalizado, após o aumento na taxa de juros dos EUA e o colapso da rede Terra, o bitcoin pode ter se tornado uma opção mais segura aos olhos de investidores. A principal criptomoeda mantém uma alta dominância de mercado, próxima do recorde que atingiu na última semana de 46%, de acordo com o CoinMarketCap.
De acordo com um relatório recente da CoinShares divulgado pelo Decrypt, o recente colapso da rede Terra fez com que os investidores preferissem o bitcoin, com até 39% dos entrevistados dizendo que a criptomoeda de referência tem as perspectivas de crescimento mais atraentes.
Apesar da insistência de Do Kwon e dos desenvolvedores da Terra LUNA para recuperar a criptomoeda que despencou mais de 99,9%, o seu relançamento no último final de semana não fez o sucesso esperado. A criptomoeda, que reestreou no mercado chegando a ser cotada por US$ 19, rapidamente despencou, e agora custa US$ 6,46, de acordo com o CoinMarketCap.
A correlação entre as criptomoedas e os mercados tradicionais também pode ter influenciado o movimento atual das criptos. Isso porque os principais índices tradicionais, como S&P500, Dow Jones Industrial Average e Nasdaq Composite tiveram seu último fechamento em alta, embora Wall Street se encontre fechada nesta segunda-feira, 30, por conta do feriado Memorial Day.
A segunda maior criptomoeda, o ether, também apresenta alta de 3,80% nas últimas 24 horas, sendo cotado por US$ 1.882 no momento, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Entre as principais criptomoedas, o maior destaque positivo desta manhã é a ADA, criptomoeda nativa da rede Cardano, cujo nome foi inspirado na cientista Ada Lovelace. O preço da ADA subiu 11,33% nas últimas 24 horas, fazendo com que a moeda seja cotada a US$ 0,53 no momento.
No entanto, as criptomoedas ainda têm um grande caminho a percorrer para recuperar suas máximas históricas de 2021. Após ter atingido uma capitalização de US$ 3 trilhões, agora o valor de mercado de todas as criptomoedas está em US$ 1,2 trilhão, enquanto a maioria das principais criptos é negociada por no mínimo 50% a menos que suas máximas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
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