Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo (Reprodução/Unsplash)
Repórter do Future of Money
Publicado em 6 de outubro de 2023 às 17h20.
Última atualização em 6 de outubro de 2023 às 17h43.
A corretora de criptomoedas Binance divulgou nesta semana uma nova atualização das suas provas de reservas, incluindo as quantidades detalhadas que ela detêm de bitcoin, ether e outros ativos. As divulgações estão perto de completar um ano, iniciadas após a falência da FTX.
De acordo com os dados divulgados pela Binance, a corretora possui atualmente 616.394 bitcoins, equivalente a cerca de R$ 88 bilhões, considerando a cotação atual. A quantidade é 4% superior ao total depositado pelos clientes da exchange, com 588.879 unidades do ativo, cerca de R$ 85 bilhões. Com esse total, a exchange é considerada uma das maiores detentoras do ativo no mundo.
É um cenário semelhante em relação ao ether, segunda maior criptomoeda do mercado: a corretora possui 4.109.241 unidades do ativo, cerca de R$ 34 bilhões, na cotação atual. Esse total é 7% superior ao total investido pelos clientes e sob custódia da corretora, com 3.830.184, cerca de R$ 32 bilhões.
O cenário ideal para que uma corretora de criptomoedas tenha uma boa saúde financeira é que as reservas do ativo sempre sejam superior à quantidade total sob custódia. Com isso, a exchange ganha mais liquidez e consegue sobreviver a casos de ondas de saques.
A falta de liquidez acabou sendo a causa da falência da FTX, que chegou a ser a segunda maior corretora do mundo, atrás da Binance. Após a descoberta de que a exchange misturava fundos próprios com os de clientes e os usava em investimentos, os investidores enviarem múltiplas solicitações de saques dos seus ativos.
Por outro lado, a FTX não tinha uma quantidade de reservas suficiente para efetivar esses saques. Sem outra alternativa, ela precisou congelar as retiradas por clientes e declarou falência nos Estados Unidos. Nos últimos meses, ela deu detalhes sobre um plano de ressarcimento.
Desde então, diversas corretoras de criptomoedas têm investido em políticas de transparência, com divulgação de reservas e realização de auditorias externas. É o caso da própria Binance, que iniciou as divulgações ainda em novembro de 2022, poucos dias após a quebra da concorrente.
Os dados divulgados mensalmente pela empresa apontam que, no momento, as reservas em pior situação são da Arbitrum - apenas 0,67% maiores que o total sob custódia - e da dogecoin - 0,37% acima do total depositado. Já as maiores reservas são da Polygon - 17% acima do depositado - e da stablecoin USDT - 18% acima.
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