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Bill Gates volta a criticar criptomoedas e NFTs e ironiza: ‘imagens de macacos vão melhorar o mundo’

O cofundador da Microsoft volta a criticar as criptomoedas e NFTs, afirmando estar acostumado com ativos que vem de fazendas ou fábricas. No entanto, também não investe contra

Bill Gates é amplamente conhecido por suas críticas à tecnologia blockchain (Chip Somodevilla/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 15 de junho de 2022 às 11h10.

Bill Gates não é muito fã das criptomoedas e tokens não fungíveis ( NFTs ). Depois de tê-los criticado em diversas ocasiões, o cofundador da Microsoft voltou a abordar o assunto na última terça-feira, 14. Segundo Gates, a nova classe de ativos seria “100% baseada na teoria do tolo maior”.

A teoria do tolo maior, em finanças, sugere que as vezes é possível ganhar dinheiro com a compra de ativos supervalorizados, ou seja, comercializados por um valor muito além do que realmente valem, se eles puderem ser revendidos por um preço ainda maior.

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Os NFTs da coleção Bored Ape Yacht Club, a mais valiosa do mundo, também se tornaram alvo de Gates. Algumas imagens em formato JPEG dos famosos “macacos entediados” saíram de um valor inicial de aproximadamente US$ 280 para milhões de dólares.

“Imagens digitais caras de macacos vão melhorar imensamente o mundo”, ironizou o bilionário conhecido por seu foco na filantropia.

-(Mynt/Divulgação)

Os comentários de Bill Gates sobre as criptomoedas e NFTs foram feitos durante uma palestra do TechCrunch sobre mudanças climáticas. Na ocasião, o homem que se tornou um ícone da tecnologia com a criação do Windows, justificou:

"Estou acostumado a classes de ativos... como uma fazenda onde eles têm produção ou como uma empresa onde eles fabricam produtos", disse Gates, em uma fala similar à de muitos investidores que não enxergavam o potencial da internet nos anos 90.

No entanto, o bilionário acrescentou que não aposta contra. “Não estou envolvido nisso”, disse Gates. “Eu não faço investimentos de long ou short em nenhuma dessas coisas”. Os termos “long” e “short” em inglês se referem às posições compradas e vendidas, quando um investidor aposta na alta ou na queda de determinado ativo, respectivamente.

Apesar do tom negativo do cofundador da Microsoft, a gigante da tecnologia já investe massivamente no setor. Além de ter comprado a Activision Blizzard para investir no metaverso, a Microsoft utiliza o blockchain para combater a pirataria e liderou um investimento de R$ 150 milhões em um estúdio de criação de NFTs.

Bill Gates deixou o comando da empresa há alguns anos para focar inteiramente na filantropia, com a Fundação Bill e Melinda Gates, que inclusive, premiou uma startup brasileira descentralizada, a Ribon.

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