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Bilionário que tatuou LUNA quebra silêncio: "Lembrete sobre humildade"

Mike Novogratz, que fez tatuagem da criptomoeda que entrou em colapso - e que causou prejuízo de US$ 300 milhões à sua empresa - volta a se manifestar publicamente após 10 dias

Mike Novogratz é um dos bilionários do mercado cripto, mas errou sobre a LUNA e causou prejuízo milionário (ohn Lamparski / Correspondente/Getty Images)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 18 de maio de 2022 às 19h20.

O bilionário Mike Novogratz, CEO da Galaxy Digital, uma das maiores gestoras de criptoativos do mundo, quebrou o silêncio que já durava 10 dias. O executivo era um defensor do blockchain Terra e sua criptomoeda LUNA, que perdeu 99,9% do valor desde 8 de maio, a mesma data em que Novogratz usou as redes sociais pela última vez.

-(Mynt/Divulgação)

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O protocolo Terra ajudou Novogratz a multiplicar sua fortuna - e também a dos clientes da Galaxy Digital. A empresa começou a apostar no projeto em 2020, quando ele ainda estava muito longe dos bilhões de dólares em market cap que atingiu em abril de 2022.

O investimento parecia tão bem-sucedido - a LUNA saltou de US$ 0,25 em 2022 para US$ 119 em abril de 2022 - que Novogratz fez uma tatuagem em homenagem à criptomoeda (abaixo, a publicação da época em que a tatuagem foi feita). “Servirá como um lembrete constante de que o investimento de capital de risco exige humildade”, escreveu em uma carta aos acionistas e investidores da sua gestora, publicada nesta quarta-feira, 18.

https://twitter.com/novogratz/status/1478535972560195585

Foi a primeira manifestação de Novogratz desde o colapso de Terra, LUNA e UST. Ele opinou sobre o que causou essa situação, citando uma suposta combinação de bancos centrais "desenrolando uma enorme bolha de liquidez", criada por políticas monetárias expansionistas e altos gastos fiscais, e uma exagerada pressão contra o protocolo Terra para que apresentasse retornos altíssimos aos seus usuários.

“O crescimento da UST explodiu do retorno de 18% oferecido no protocolo Anchor, que sobrecarregou outros usos da blockchain Terra”, escreveu. “A pressão descendente nas reservas de ativos, junto com os saques de UST, resultaram em um cenário de estresse similar a uma 'corrida a um banco'”, completou.

Novogratz também tentou tranquilizar os investidores e acionistas. Segundo ele, a empresa será capaz de sobreviver ao colapso da criptomoeda porque "diversificou seu portfólio, realizou lucros frequentemente, utilizou uma estrutura de gerenciamento de riscos e entendeu que seu investimento seria impactado por eventos macro".

Mesmo assim, é evidente que a quebra da criptomoeda, atualmente cotada a US$ 0,00017 - uma queda de 99,9998% em relação à sua máxima histórica -, afetou as finanças da empresa. Em dezembro de 2021, a Galaxy Digital tinha uma exposição de US$ 400 milhões à LUNA. A empresa afirma que o prejuízo total foi de US$ 300 milhões.

O executivo, um dos homens mais ricos do mercado de criptoativos, tentou demonstrar otimismo: “Com nossas linhas diversificadas de negócio, a Galaxy continua com uma forte posição de capital e liquidez. Estamos bem posicionados para o crescimento no longo prazo”.

Apesar do tom otimista, ele parece não ter sido muito convincente. Negociadas na Bolsa de Valores de Toronto, no Canadá, as ações da Galaxy Digital acumulam queda de 46% nas últimas duas semanas.

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