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Após despencar com ataque em Israel, analistas apontam que bitcoin pode superar ativos tradicionais

Historicamente, dados revelam que bitcoin apresenta performance superior ao S&P 500 e o ouro diante de eventos geopolíticos adversos

(Reprodução/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 3 de outubro de 2024 às 11h31.

Última atualização em 3 de outubro de 2024 às 11h48.

O bitcoin e as principais criptomoedas iniciaram o mês de outubro em queda significativa. O mês que historicamente é um dos mais positivos para as criptomoedas, teve seu otimismo frustrado pelos impactos do mais recente ataque de mísseis do Irã contra Israel na terça-feira, 1. Apesar disso, o bitcoin ainda pode apresentar uma performance superior à de ativos tradicionais, de acordo com especialistas do BTG Pactual.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 60.747, com queda de aproximadamente 1% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo em valor de mercado acumula queda de 6,5%.

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Outras criptomoedas também são negociadas no vermelho, com a XRP liderando as quedas entre as 20 maiores do mundo em valor de mercado. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda despencou mais de 10%.

Queda é generalizada

“Uma coisa tem que ficar muito clara: não está afetando apenas o mercado cripto, o mercado inteiro está sendo afetado por isso. S&P 500, NASDAQ, índices norte-americanos, até mesmo o ouro tem sofrido um pouco com isso de forma até pouco intuitiva levando em consideração a sua tese de reserva de valor”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual, durante o programa Morning Call Crypto, disponível na íntegra no YouTube:

“No entanto, nós temos que levar em consideração alguns dados interessantes, como por exemplo o fato de que a performance do bitcoin nesse tipo de momento, de acordo com dados da BlackRock, é muito melhor do que a de mercados tradicionais”, acrescentou Galhardo no programa, transmitido ao vivo às terças e quintas-feiras pela manhã.

Um relatório recente da BlackRock revelou que a performance do bitcoin esteve “no verde” na maioria dos acontecimentos geopolíticos adversos, como o Covid-19 e a quebra dos bancos norte-americanos em 2023. Outros ativos tradicionais, como o ouro e o S&P 500, apresentaram performance inferior. A gestora, que é a maior do mundo com mais de US$ 10 trilhões em ativos, afirma que o bitcoin é um “diversificador único”.

FTX está de volta?

A corretora de criptomoedas que protagonizou um dos maiores escândalos do mercado cripto ao decretar falência em 2022 deixando uma dívida bilionária, pode começar a pagar seus credores ainda este ano.

De acordo com os analistas de research da Mynt, João Galhardo e Matheus Parizotto, isso pode gerar um novo fluxo de entrada bilionário que irá beneficiar o setor cripto.

“Dia sete [de outubro] teremos a última audiência da FTX no tribunal norte-americano. Nessa data, será decidido se eles vão começar a realizar os pagamentos. Dado o andar da carruagem, essa audiência é apenas uma formalidade e esses pagamentos vão começar. Os pagamentos para os credores com menos de US$ 50 mil serão processados até o dia sete de dezembro e as pessoas que têm mais que isso terão pagamentos processados de forma mais vagarosa”, disse João Galhardo.

“Um ponto extremamente relevante que deve ser considerado é o seguinte: mais da metade da quantia devida pela FTX aos seus credores já foi negociada no mercado secundário. Existem empresas especializadas que compram essas dívidas para futuramente resgatar esse dinheiro e embolsar a diferença. Então na verdade, o dinheiro que será entregue para esses credores e pode ser reaplicado no mercado cripto, é de cerca de US$ 8 bilhões”, acrescentou.

Os analistas traçaram uma projeção de potenciais fluxos de entrada de capital de US$ 1,6 a US$ 3 bilhões em criptoativos.

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