Repórter do Future of Money
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 14h03.
A gestora Bernstein divulgou um relatório nesta semana em que afirma que a alta do bitcoin observada nos últimos dias não tem como principal causa as notícias econômicas positivas na China e nos Estados Unidos, mas sim um crescimento das chances de vitória de Donald Trump nas eleições deste ano.
No relatório, os analistas afirmam que há uma correlação entre o preço da criptomoeda e as chances de Trump derrotar Kamala Harris, levando em conta as apostas em diversas plataformas no mercado. A alta recente do ativo coincidiu com um crescimento das chances de vitória de Trump, que chegaram a 55%.
"Apesar de ambos os lados indicarem apoio aos ativos digitais, a aposta do mercado cripto é mais forte com relação a Trump, refletindo uma melhora das chances do candidato nos mercados de apostas eleitorais", destaca o Bernstein.
No momento, as pesquisas eleitorais indicam que Harris lidera nas intenções nacionais de voto, mas que o cenário está indefinido nos estados que tendem a definir o resultado do pleito. Nos mercados de apostas, porém, Trump é quem lidera, com investidores vendo mais chances na sua vitória.
Anteriormente, o Bernstein reforçou projeções de que o bitcoin pode chegar a um patamar de preço entre US$ 80 mil e US$ 90 mil caso o ex-presidente dos Estados Unidos saia vitorioso nestas eleições. Já em uma vitória de Kamala Harris, o ativo poderia cair para US$ 40 mil.
Mesmo assim, a gestora afirma que o cenário para a criptomoeda no longo prazo é positivo, independentemente de qual candidato sair vitorioso na disputa.
O relatório aponta ainda que a forte alta das ações da MicroStrategy nos últimos dias fizeram com que a empresa superasse o desempenho do bitcoin. Para os analistas, isso é um sinal de que a criptomoeda tem um espaço ainda maior de valorização no curto prazo, seguindo o movimento dos papéis.
Dados mostram que as ações da empresa conseguiram romper um momento de consolidação de preço e iniciar um movimento ascendente. Agora, o Bernstein espera que o mesmo ocorra com o bitcoin, que apenas entre a quinta-feira, 10, e esta terça-feira, 15, já passou de US$ 59 mil para US$ 67 mil.