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Sucesso dentro e fora das quadras: Bia Haddad fecha patrocínios e faz história no US Open

Brasileira superou Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo, e atingiu a melhor marca de Guga

Bia Haddad em Roland Garros em 2023: classificação para a semifinal (Julian Finney/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 07h36.

Bia Haddad Maia continua fazendo história no US Open , que vem sendo realizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Nesta terça-feira, 3), ela derrotou a dinamarquesa Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo, por 2 sets a 1, e chegou às quartas-de-final. Com isso, repete os feitos de Gustavo Kuerten, que por duas veze chegou à essa etapa do Grand Slam, em 1999 e 2001.

A tenista, que é a número 21 do mundo, também é a primeira brasileira a chegar tão longe na competição desde Maria Ester Bueno, em 1968. Essa é a quarta participação de Bia Haddad no Grand Slam, e pela primeira vez ela consegue chegar às quartas-de-final. O próximo desafio será contra a tcheca Karolina Muchova (52ª), que venceu Jasmine Paolini.

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Se dentro das quadra Bia se destaca a cada ano, fora dele ela também é considerada um fenômeno desta nova geração de brasileiros, com destaque para uma propriedade que até então outros tempos eram voltadas muito particularmente para atletas de futebol: os patrocínios.

Até o momento, a tenista tem pelo menos oito marcas parceiras, como Itaú Personnalité, Eqlibri, Asics, Bauducco, Chevrolet, Tiffany e Adcos. Com a Tiffany, por exemplo, ela se transformou na primeira atleta brasileira a assinar com a empresa norte-americana de jóias de luxo em toda a história.

"Bia Haddad hoje é um dos maiores nomes em evidência do esporte nacional. O que ela tem feito nos últimos tempos tem recolocado o tênis no radar dos brasileiros e o Brasil no radar do tênis mundial novamente. E isso impacta diretamente as marcas que estão se associando a ela. Essas novas empresas perceberam de forma assertiva a ascensão de Bia, e elas estarão não apenas amplificando a exposição de suas marcas, mas também demonstrando apoio a uma atleta mulher em um momento importante em sua carreira", complementa Renê Salviano, CEO e fundador da Heatmap, agência especialista em marketing esportivo que faz a captação e gestão de contratos de patrocínios entre marcas, agências publicitárias e atletas.

"O US Open é um evento grandioso, tradicional e que reúne os melhores tenistas do mundo. Logo, destacar-se nessa competição é algo que traz muitos ganhos para os atletas: reconhecimento esportivo, premiação financeira e possibilidade de novos acordos de patrocínio. A Bia Haddad já vem numa crescente em termos de contratos com grandes marcas e, após essa campanha histórica, com certeza novas parcerias irão surgir", observa Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência que comercializou pacotes de experiência para o US Open, incluindo hospedagem, ingressos e uma clínica exclusiva no Roosevelt Island Racquet Club, em Nova Iorque.

O último contrato fechado aconteceu em maio deste ano, quando foi anunciada como a nova embaixadora de Stella Pure Gold, coincidindo com a disputa do Grand Slam na França, realizado no mês seguinte ao anúncio.

"A evolução fantástica da Bia, alcançando feitos históricos para o tênis feminino brasileiro, sem dúvida tem dado a ela uma exposição muito grande na mídia, que quando combinada com seu perfil de atleta e pessoa, se torna um ativo muito atrativo para marcas. A chegada de novas marcas era algo esperado”, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo na ESPM.

O desempenho e competência de Bia Haddad nos Grand Slams disputados desde o início da carreira já lhe proporcionaram US$ 6,4 milhões, o equivalente a R$ 36,5 milhões, de acordo com dados publicados pelas plataformas oficiais do US Open. De acordo com dados do mercado, estima-se, que com patrocínios, a tenista fature entre R$ 4 e 7 milhões anuais.

"A Bia é uma das principais tenistas brasileiras de todos os tempos e vem alcançando conquistas e feitos maravilhosos, além de possuir uma imagem muito positiva tanto dentro quanto fora da quadra. Não à toa, é procura por tantas marcas expressivas", afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da Wolff Sports.

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