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Com James Rodríguez, São Paulo ultrapassa limite definido pela CBF para os jogos da Série A

Contratação de colombiano reacende debate sobre a regra e suas implicações no futebol brasileiro

James Rodríguez: colombiano foi oficialmente contratado pelo clube na última semana (São Paulo Futebol Clube/Divulgação)

James Rodríguez: colombiano foi oficialmente contratado pelo clube na última semana (São Paulo Futebol Clube/Divulgação)

Antonio Souza
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 2 de agosto de 2023 às 19h01.

Última atualização em 2 de agosto de 2023 às 19h50.

O São Paulo anunciou oficialmente a chegada de James Rodríguez no último sábado, 29. Natural de Cúcuta, o colombiando tornou-se o oitavo estrangeiro a compor o elenco do clube paulista, ultrapassando o número estipulado pela CBF para o Brasileirão e reacendendo um antigo debate sobre a regra estabelecida pela entidade máxima do futebol brasileiro.

Em fevereiro deste ano, os 20 clubes da série A aprovaram um novo limite de jogadores estrangeiros por partida na competição nacional, ampliando de cinco para sete atletas internacionais por equipe.

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Para Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol com passagens por Arsenal, Manchester United, RedBull Bragantino, Internacional e seleção brasileira, existe uma linha tênue entre o lado positivo e negativo desta regra.

“Se você traz para a liga jogadores com alta qualidade técnica, de experiência, expertise, que agregam na qualidade da competição e também estimulam a melhoria da competitividade dos jogadores nacionais, isso é positivo. Agora, quando você traz um jogador que só vem para preencher o grupo, acaba perdendo a chance de desenvolver um talento que tenha condição de dar um resultado desportivo e financeiro no futuro", afirma o gestor.

Já Júnior Chávare, executivo de futebol da Ferroviária com passagem por diversos times do Brasil, como Grêmio, Bahia, São Paulo e Atlético-MG, acredita que a regra pode fazer com que os clubes busquem por soluções internas, dentro de seu próprio elenco.

“A limitação de estrangeiros no Brasileirão pode ser um fator que dificulte as equipes a encontrarem oportunidades de mercado para reforçar seus elencos. Porém, também pode contribuir para que essas mesmas equipes olhem para o mercado interno, em clubes de divisões inferiores, ou até mesmo que busquem soluções caseiras em suas categorias de base”, pontua.

Internacional e Santos são dois clubes que podem ter o mesmo problema que o Tricolor Paulista. No caso do Colorado, no confronto contra o Bragantino, válido pela 16ª rodada do Brasileirão, o time entrou em campo com apenas dois jogadores nascidos no Brasil, Renê e Alan Patrick. Entre os titulares da partida, Johny e Wanderson nasceram fora do país, mas possuem cidadania brasileira, respeitando a regra dos sete estrangeiros.

Já o Peixe, que conta com seis estrangeiros no elenco, busca a contratação de mais três: o costa-riquenho Juan Pablo Vargas, o americano Soñora e o guineense Kamano. Com nove estrangeiros, a equipe teria de deixar dois jogadores de fora por partida no Campeonato Brasileiro.

Apesar de este ser o limite imposto no Brasileirão, as competições internacionais organizadas pela Conmebol, como a Copa Libertadores e a Sul-Americana, não possuem essa limitação.

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