Raízen é a primeira produtora de etanol no mundo a receber certificação para produção de SAF
O SAF é capaz de reduzir em até 80% o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível fóssil de aviação
Repórter de ESG
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 11h24.
Última atualização em 25 de agosto de 2023 às 15h36.
A Raízen é a primeira produtora de etanol no mundo a receber certificação que habilita o produto para produção de SAF, combustível sustentável para a aviação. A companhia acaba de receber a certificação ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), que comprova que o etanol, produzido no parque de bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP), cumpre os requisitos internacionais para a produção de SAF.
A certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification) é um sistema global que abrange toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, desde o cultivo da biomassa até o consumo final. O objetivo é garantir que os biocombustíveis sejam produzidos de forma sustentável, respeitando os critérios sociais, ambientais e econômicos. Já o programa CORSIA é mantido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), agência especializada da ONU, para a redução de emissões de CO2 provenientes da indústria de aviação.
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“A busca por alternativas mais limpas e sustentáveis é um desafio global e temos a meta de contribuir com este objetivo por meio do etanol da cana-de-açúcar”, afirma Francis Queen, vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen. “Com o ganho de produtividade e o investimento em inovação nos nossos processos, conseguimos produzir etanol de forma mais eficiente, portanto, com uma pegada de carbono cada vez menor, atendendo padrões internacionais de sustentabilidade. A certificação do nosso etanol é a comprovação de que estamos no caminho certo na contribuição para descarbonização de todos os setores da economia”.
Setores de difícil descarbonização devem impulsionar a demanda por etanol, a exemplo do SAF, como mostrou a reportagem da EXAME. Produzido a partir de matéria-prima renovável, o SAF é capaz de reduzir em até 80% o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível fóssil de aviação, segundo estimativa da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos).
A ICAO estabeleceu metas para diminuir as emissões no setor, sendo o uso de SAF uma das principais estratégias para alcançá-las. Diante do desafio, a aviação global se comprometeu em reduzir as emissões gradualmente para, até 2050, atingirem emissões líquidas zero.
Estima-se que a demanda global por SAF atinja aproximadamente 20 milhões de m³ em 2030. Se 25% desta demanda for atendida pela tecnologia Alcohol-to-Jet (AtJ), haverá aproximadamente 9 milhões de m³ de demanda adicional de etanol, o que representa menos de 10% de produção global atualmente.
“Com a única planta de etanol certificada no mundo, temos a oportunidade de impulsionar o desenvolvimento do mercado global de SAF, atraindo interesse de países onde a sustentabilidade é fator determinante nas rodadas de negócio”, comemora Paulo Neves, vice-presidente de Trading da Raízen. “Estamos sempre atentos às necessidades do mercado e, principalmente, dos nossos clientes para oferecer soluções personalizadas de baixo carbono. Esse é apenas mais um passo para sermos o partner of choice em diferentes mercados, com diferentes soluções.”