ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Por que o Itaú Unibanco está interessado na descarbonização dos clientes

Na COP28, Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, falou com exclusividade à EXAME

Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco. (Leandro Fonseca/Exame)

Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco. (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 10h35.

Última atualização em 9 de dezembro de 2023 às 11h15.

De Dubai*

A COP28 caminha para os últimos dias com muitas dúvidas sobre como serão as práticas de mitigação de adaptação em relação às mudanças climáticas. Mas, há também certezas: a transição climática e a necessidade de descarbonização depende de crédito. Pensando nisto, Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, tem participado de paineis e conversas duranta COP28.

"Quando olhamos para necessidade de transição climática, todos setores terão que se transformar rumo à descarbonização, e a necessidade de crédito é iminente", diz. Para ela, isto atinge tanto searas mais maduras no tema, como aquelas que ainda estão começando.

"Para migrarmos para uma economia de baixo carbono, precisamos entender quais são os melhores instrumentos financeiros, e como mostrar o impacto para o processo de adaptação climática". Contudo, para ela, o assunto ainda é dominado por grandes empresas. " Estamos falando de grandes companhias que vão impactar cadeias de médias e pequenas. Isto acontece porque as grandes conseguem ter áreas mais robustas para a estruturação de projetos e captação de recursos".

Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, na COP28. (Foto: Leandro Fonseca) (Leandro Fonseca/Exame)

Para aproveitar este momento, o Itaú realiza nos últimos dois anos uma análise de nove setores com alto índice de emissão de carbono. "Buscamos entender as dores e como o processo de transição vai se dar. Depois criamos um portfólio de produtos, principalmente para o agronegócio, um dos setores que tem profundas chances de transformação".

Agora, o Itaú foca na aproximação dessa narrativa com o cliente. "Seja fazendo um diálogo para mostrar o impacto que ele vai ter ou para apresentar a oportunidade de envolvimento em novos mercados. Estamos entendendo que é preciso um diálogo bastante fluído, que aborde além do crédito, a oportunidade de negócio".

Mas é preciso trabalhar também dentro de casa. Para servir de exemplo, o banco aderiu, em outubro de 2021, ao Net Zero Banking Alliance, com empresas que, juntas, reúnem 70 trilhões de dólares em ativos e se comprometem a zerar as emissões de carbono de suas carteiras até 2050. "A curva que a desenhamos só vai acontecer se conseguirmos levar os clientes nesse processo de transição. Então é muito importante que eu ajude os clientes para que o Itaú seja Net Zero em 2050", finaliza Nicola.

Acompanhe tudo sobre:COP28Exame na COP28ItaúCarbonoSustentabilidade

Mais de ESG

Proteína de algas marinhas pode potencializar antibióticos e reduzir dose em 95%, aponta estudo

Como distritos de Mariana foram reconstruídos para serem autossustentáveis

'Rodovia elétrica' entre Etiópia e Quênia reduz apagões e impulsiona energia renovável na África

Ascensão de pessoas com deficiência na carreira ainda é desafio, diz estudo