ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Países estão longe de cumprir metas climáticas, diz ONU

Relatório da ONU mostra que ações climáticas de países resultarão em uma redução de somente 0,5% dos níveis de emissões até 2030

Patricia Espinosa Cantellano, secretária executiva da ONU para o clima: ações de países estão longe de serem suficientes para atingir meta de redução de 30% das emissões até 2030 (Sarah Pabst/Getty Images)

Patricia Espinosa Cantellano, secretária executiva da ONU para o clima: ações de países estão longe de serem suficientes para atingir meta de redução de 30% das emissões até 2030 (Sarah Pabst/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 14h16.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2021 às 17h34.

Os planos atualizados de redução de emissões, entregues até agora por cerca de 75 nações antes da cúpula COP26 de novembro, nem se aproximam dos cortes imensos que são necessários para se cumprir os compromissos climáticos globais, disse a chefe para o clima da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, pedindo esforços redobrados.

Um relatório da ONU que sumariza os planos de ações climáticas revisados --que cobrem cerca de 40% dos países do Acordo de Paris de 2015 e 30% das emissões de efeito estufa-- disse que estes resultarão em uma redução de emissões combinada de somente 0,5% dos níveis de 2010 até 2030.

"Isto simplesmente não é bom o suficiente", disse Patricia Espinosa, exortando governos a apresentarem promessas maiores de cortes antes da COP26, inclusive aqueles que já atualizaram seu planos.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) disse que as emissões globais precisam cair cerca de 45% até 2030 em relação aos níveis de 2010 para dar ao mundo uma boa chance de limitar o aumento das temperaturas médias a 1,5 grau Celsius acima dos tempos pré-industriais.

Conforme o acordo de Paris, quase 200 países se comprometeram a manter o aquecimento "bem abaixo" de 2ºC e se esforçarem por um teto de 1,5ºC.

Até agora, o planeta já esquentou cerca de 1,2ºC, o que agrava os eventos climáticos extremos e a elevação dos mares.

Espinosa disse que o relatório síntese deixou claro que "os níveis atuais de ambição climática estão muito longe de colocar as nações em uma rota" de cumprimento da meta de 1,5ºC.

"É incrível pensar que, justamente quando nações estão enfrentando uma emergência (climática) que futuramente pode acabar com a vida humana neste planeta... muitas estão se atendo à abordagem 'vamos seguir como de costume'", disse ela aos jornalistas.

Mas se governos investirem trilhões de dólares em gastos planejados para recuperar suas economias da Covid-19 em medidas verdes de resistência climática, "temos uma chance de mudar a trajetória", acrescentou.

Espinosa enfatizou que o relatório divulgado nesta sexta-feira é só um "instantâneo" dos planos de ações sobre o clima até o momento, e que uma avaliação mais completa será compilada antes da COP26.

Muitos países descumpriram um prazo de 2020 para apresentar planos mais robustos de ações climáticas por causa dos transtornos causados pela pandemia, e a cúpula COP26 de Glasgow foi adiada em um ano.

Acompanhe tudo sobre:Mudanças climáticasONU

Mais de ESG

Lobo-cinzento escapa do extermínio e agora sua proteção está sob ameaça

Maurício de Sousa e Unicef promovem leilão de 31 versões do Sansão criadas por estilistas

"Mini-Pantanal Paulista" enfrenta morte de peixes e usina é investigada

PUC-Rio migra do petróleo à energia limpa para ser o motor econômico do Rio de Janeiro

Mais na Exame