ONG Américas Amigas leva mamografias gratuitas para todo o Brasil
Em entrevista à EXAME, Andrea Pereira, CEO da Américas Amigas, explicou como a ONG atua para garantir atendimento a mulheres de baixa renda em hospitais públicos e privados
Repórter de ESG
Publicado em 22 de junho de 2023 às 10h50.
Última atualização em 22 de junho de 2023 às 11h15.
Em 2009, durante a estada do embaixador americano Clifford Sobel no Brasil, sua esposa Barbara Sobel ficou bastante impactada com a falta de acesso das mulheres brasileiras às mamografias. Em busca de mudar esse cenário, ela se juntou a outras pessoas sensibilizadas com a situação, como a brasileira Andrea Pereira, e fundou a ONG Américas Amigas . “Surgimos com a missão de aumentar o número de mamógrafos em hospitais públicos e privados para atender a população de baixa renda”, diz Andrea, CEO da ONG.
Além da doação do equipamento, a ONG acompanha o uso e o funcionamento dos mamógrafos para garantir que a capacidade plena seja aproveitada, e realiza treinamentos contínuos com os técnicos para melhor resultado. O treinamento também evita que a pessoa faça o exame sem necessidade e ocupe o lugar de outra na fila. “De 2012 para cá impactamos mais de 1.700 profissionais”, afirma Andrea.
- Presidente da Light Sesa, Thiago Guth, renuncia ao cargo
- Eletrobras prevê demitir mais de 1.500 funcionários em segundo PDV desde privatização
- Dexco fecha unidade de louças em Queimados, no Rio de Janeiro
- Tem dívidas com o Itaú? Banco realiza ação de renegociação até final do mês
- Taylor Swift no Brasil: venda geral para shows extras começa hoje; veja como comprar
- Me aposentei. Posso continuar com o plano de saúde da empresa?
Outro ponto importante é a agilidade no atendimento. As mulheres já saem da consulta com o exame em mãos. Isso auxilia nas outras etapas do processo, como a marcação de uma biópsia ou acompanhamento mais próximo, se necessário. Até o momento, mais de 1,1 milhão de mulheres e homens cisgênero e transgênero foram atendidos em todo o país.
Mamografia em todo lugar
Um dos trabalhos da Américas Amigas é levar os exames para regiões onde a operação de saúde é deficitária. A ONG trabalha com carretas para cidades do interior e navios para cidades ribeirinhas. “A equipe do navio, por exemplo, sai para atividades de quatro meses, passando por diferentes locais. Trabalhamos também com cadastro antecipado na internet, campanha em rádios e outros veículos que levem a informação até a população”, diz Andrea.
A ONG está finalizando uma ação que percorreu os rios Amazonas, Tapajós, Xingu e Pará. No segundo semestre, estão previstas capacitações, doações de mamógrafos e realização de exames que beneficiam mulheres em centenas de municípios. “A doação de dois mamógrafos no Nordeste pode beneficiar 120 municípios, por exemplo”.
Parte do trabalho da Américas Amigas ocorre também em parceria com empresas. Em março, em comemoração ao Mês da Mulher, a ONG contou com o apoio de marcas como Estée Lauder, Intimissimi, Natural One, Tania Bulhões e Tenda Atacado. Nesse período, 800 mamografias foram realizadas.
No segundo semestre, com uma campanha de voluntários no sertão da Bahia, junto ao Fleury, a ONG espera atender 400 pessoas. A iniciativa faz parte das campanhas de Outubro Rosa, que segue até dezembro. Já em São Paulo a expectativa é atingir 4.200 pessoas no mesmo período.