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Na COP28, investidores sociais brasileiros lançam compromisso com agenda climática

O documento é estruturado em 8 eixos de ação; entre eles, advocacy, trabalho e patrimônio, fundos e ativos financeiros para a redução dos impactos das mudanças climáticas

Compromisso: um dos pilares é o investimento em educação e aprendizagem sobre causas climáticas (Leandro Fonseca/Exame)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 15h29.

Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 02h13.

Um grupo de investidores sociais privados e de organizações da sociedade civil lança nesta quarta-feira,6, o ' Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas ' emDubai, nos Emirados Árabes, onde acontece a Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas ( COP28 ). O documento conta, até agora, com 24 assinaturas de organizações atuantes no segmento, mobilizadas pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE). Dentre os signatários, estão Fundação Banco do Brasil, Fundação José Luiz Egydio Setubal, Brazil Foundation, Fundo Vale, Fundação Tide Setubal, Fundação Roberto Marinho e Instituto Neoenergia.

"A adesão dos filantropos e investidores sociais brasileiros à agenda climática acompanha o movimento global do setor, com destaque para as especificidades do nosso país e do Sul Global", destaca o documento. "A filantropia brasileira tem a oportunidade de advogar e influenciar compromissos práticos e consistentes orientados a partir de uma nova perspectiva de desenvolvimento, cumprindo papel subsidiário, mas estratégico, para o alcance das metas nacionais. Deve atuar também como catalisadora de recursos financeiros nacionais e internacionais, apoiando o fortalecimento das capacidades de governos locais para formular, implementar e avaliar políticas e planos de ação" acrescenta.

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Plano de ação

O 'Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas' é estruturado em oito eixos de ação e prevê medidas direcionadas à educação e aprendizagem sobre causas, impactos e soluções sistêmicas das alterações climáticas e as implicações para o trabalho; alocação de recursos financeiros e esforços para acelerar a mitigação das mudanças climáticas; visão sistêmica de iniciativas para um mundo com emissões líquidas zero; patrimônio, fundos e ativos financeiros para a redução dos impactos das mudanças climáticas; medidas para minimizar o impacto climático de operações desenvolvidas pelo próprio setor filantrópico; articulaçã o, influência e advocacy para atuação articulada e colaborativa; posicionamento e identidade/singularidade para diversificar e complementar visões e abordagens na agenda climática; e aprendizado contínuo e transparência nas ações realizadas.

O documento será lançado no encontro 'Filantropias do Sul Global: O que está acontecendo?' - uma das atividades promovidas pelo GIFE durante a COP28.

A 'Missão GIFE na COP 28' é coordenada pelo secretário-geral da entidade, Cassio França. Este ano, a organização leva paraDubairepresentantes do Instituto Votorantim, Fundação Itaú, Fundo Elas+, Fundação Roberto Marinho, Fundo Positivo, Sitawi Finanças do Bem, Mattos Filho Advogados e Vetor Brasil/Instituto Gesto.

"Desde o ano passado, especialmente por ocasião da COP27, a filantropia brasileira vem assumido iniciativas mais ousadas no enfrentamento às mudanças climáticas", destaca Cassio França. O secretário-geral do GIFE observa que o Brasil é o primeiro país do Sul Global a fazer este movimento de mobilização por meio de um compromisso nacional da filantropia. Até agora, segundo ele, apenas países do Norte se mobilizaram desta forma, como Canadá, Espanha, França, Itália e Reino Unido.

"O investimento social privado (ISP) pode e deve oferecer contribuições relevantes para que a justiça climática, um dos pilares de nossa atuação, seja realmente assegurada no Brasil, no Sul Global e em todo o mundo", diz o secretário-geral do GIFE.

O GIFE reúne parcela robusta do ISP no Brasil. Só em 2022, foram mobilizados R$ 4,8 bilhões para ações filantrópicas, por instituições associadas ao GIFE. Quando comparado a 2019, este investimento social privado atingiu crescimento superior a 30%, conforme dados do novo Censo GIFE, antecipados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) semana passada.

Veja aqui os signatários do 'Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas' (até a publicação desta matéria):

1.Fundo Positivo

2.Mattos Filho Advogados

3.Fundação Banco do Brasil

4.Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)

5.Instituto Cactus

6.Instituto Neoenergia 7.Fundação Rede Amazônica

8.Co-Impact

9.Instituto Sicoob para o Desenvolvimento Sustentável

10.Fundação Roberto Marinho

11.Instituto Beja

12.Brazil Foundation

13.Instituto Galo da Manhã

14.Movimento Bem Maior

15.Sitawi Finanças do Bem

16.Instituto SLC (Grupo SLC)

17.Fundação José Luiz Egydio Setúbal

18.Instituto Comunitário Baixada Maranhense

19.Instituto Identidades do Brasil (ID_BR)

20. Fundo Vale

21.Fundação Tide Setubal 22. Instituto ACP

23.Instituto Arapyaú

24.Fundo Casa Socioambiental

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