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Luana Toniolo, CEO da Troc: a venda de roupas usadas é uma fábrica de logística reversa

Luana Toniolo, cofundadora e CEO da Troc abordou a história da empresa, comprada há três anos pelo grupo Arezzo&Co, e a conexão com a sustentabilidade e moda circular

Luana Toniolo, cofundadora e CEO da Troc (Troc/Divulgação)
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 17 de novembro de 2023 às 07h27.

Última atualização em 17 de novembro de 2023 às 08h26.

Cinco anos depois de atuar como advogada, Luana Toniolo entendeu que sua paixão estava nos comportamentos de consumo e sustentabilidade. Assim, em um curso de marketing na Universidade de Harvard, em 2015, ela desenvolveu a plataforma de venda online de roupas usadas Troc. "Naquele momento o Brasil olhava para a sustentabilidade de forma macro, abordando temas como lixo, mas entendi que as soluções estavam em projetos acessíveis. Foi assim que desenvolvemos a Troc", diz no podcast ESG de A a Z, da EXAME.

Segundo ela, o sucesso da Troc está no foco em fashion, com tíquete médio premium, e serviço completo para o cliente. "Temos uma operação em linha de produção para receber, higienizar, etiquetar, anunciar e vender a peça. É uma 'fábrica de logística reversa', pois as pessoas não estavam interessadas no trabalho da venda. Elas querem praticidade", diz.

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Aquisição pelo Grupo Arezzo&Co

Há três anos, o Grupo Arezzo&Co adquiriu a Troc como uma forma de viabilizar as frentes de sustentabilidade, sendo a moda circular uma delas. "Vi a oportunidade de ampliar o assunto junto à grandes marcas nacionais do grupo. Vimos depois disso outros movimentos de aquisição de plataformas de moda circular, isto é bom para os negócios e para a sustentabilidade do mercado de varejo".

Com isto, as métricas de emissões de CO2, uso de água e outros temas de sustentabilidade ficaram ainda mais claros. Com ajuda de uma consultoria, a Troc contabilizou que, a cada peça reutilizada vendida, 2.700 litros de água são economizados por não colocar uma nova peça no mercado, por exemplo. "Este é um dos indicadores que temos e, de certa forma modesto, visto que o dado varia entre uma camiseta de algodão e uma peça mais elaborada", diz Luana.

De acordo com ela, a marca tem dobrado o crescimento todos os anos. "Agora, estamos avaliando como ter mais resultados de impacto. Temos, por exemplo, uma sessão para escoar estoques antigos da Arezzo&Co. Afinal, tudo que foi produzido já teve um impacto ambiental e colocar para a venda na plataforma é também um caminho de mudar a moda".

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