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Investimentos em ESG devem chegar a US$ 53 trilhões até 2025, diz estudo

Dos executivos e gerentes entrevistados, 90% afirmaram que as iniciativas de ESG mostram retornos financeiros positivos para as organizações.

Relatório ESG 2023: a companhia Infosys entrevistou mais de 2,5 mil executivos e gerentes para entender a mudança de como negócios praticam os parâmetros ESG (Ezra Bailey/Getty Images)

Relatório ESG 2023: a companhia Infosys entrevistou mais de 2,5 mil executivos e gerentes para entender a mudança de como negócios praticam os parâmetros ESG (Ezra Bailey/Getty Images)

No relatório ESG Radar 2023, a empresa de consultoria e serviços digitais Infosys (NYSE: INFY), analisou ações que podem afetar o lucro de organizações e como a receita pode ser impactada dependendo das abordagens ESG. O estudo afirma que os investimentos em ESG nas organizações devem chegar a US$ 53 trilhões até o ano de 2025 — um terço dos ativos globais sob gestão.

Segundo o estudo, que teve a participação de mais de 2,5 mil executivos e gerentes de companhias com mais de US$ 500 milhões de receita anual nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Alemanha, países nórdicos, Índia e China, existe uma tendência de mudança de como as empresas têm incorporado as práticas ESG.

“Nesse sentido, uma análise que se pode fazer é que as iniciativas ambientais, sociais e de governança criam valor, mas as empresas ainda estão aquém do esperado. Com essa pesquisa, também conseguimos verificar como os executivos e especialistas em ESG esperam que o tema compense no futuro, e também de que maneira estão se adaptando a esse novo ambiente”, comenta o diretor de RH da Infosys Brasil, Wilson Albertoni Oliveira.

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Os dados ainda apontam que 90% dos entrevistados afirmaram que as iniciativas de ESG mostram retornos financeiros positivos nas organizações. Em outras palavras, os parâmetros ESG trazem um reflexo financeiro importante. Os entrevistados (41%) ainda relataram que os retornos aconteceram em uma janela de dois a três anos. Outro dado do estudo é que as companhias buscam ajuda no assunto em diferentes locais, como em parceiros de negócios (74%), agências de informação (56%) e fornecedores (50%).

Porém, segundo o relatório, as empresas olham mais para os benefícios de marca do que outros resultados financeiros e, ainda, concentram os esforços para o “E” — de questões ambientais. A análise também explicitou que a maior ênfase em iniciativas sociais e de governança geram melhores lucros. Ou seja, a participação de mulheres nos conselhos ou posições diretivas se correlacionam com o aumento dos lucros.

Além disso, um aumento de 10 pontos percentuais nos gastos em ESG indica um crescimento de 1 ponto percentual no lucro do negócio. Dito isso, uma empresa que gaste 5% de seu orçamento em ESG poderia esperar um aumento de lucro de 1 ponto percentual, se ampliasse os investimentos em ESG para 15%. A relação entre investimento em ESG e o resultado final é complexo e deve considerar fatores como fidelidade do cliente, economia de custos e redução de riscos.

“Embora a preocupação com as metas de ESG precise ser levada em conta, os maiores benefícios financeiros das organizações vêm de mudanças organizacionais no topo. Isso porque, no futuro, a sustentabilidade será a maneira de fazer negócios, e as companhias vão precisar reorientar seus modelos de negócios para que o ESG esteja completamente integrado”, conclui Oliveira.

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