Governo mantém imposto para inibir importação de resíduos de papel, plástico e vidro
De agosto de 2023 a maio de 2024, embarques de papel para o Brasil caíram 48,3% e os de plástico tiveram uma queda de 33%; controle tributário ajuda na gestão adequada de resíduos e no mercado nacional de reciclagem
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2024 às 19h58.
As tarifas de importação para resíduos depapel, plástico e vidro, fixadas em 18% desde julho do ano passado, permanecerão nesse nível por mais um ano, decidiu nesta quinta-feira, 11, em Brasília, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior ( Camex ).
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ( MDIC ) informou que a medida - tomada em 2023 - surtiu efeitos ao reduzir as importações de resíduos plásticos e de papel.
“De agosto de 2023 a maio de 2024, as importações de restos de papel caíram 48,3% e a de plásticos tiveram redução de 33%, contribuindo com o mercado nacional dereciclagem e promovendo a gestão adequada dos resíduos ”, anunciou o ministério. A maior parte dos resíduos importados vem de países de fora do Mercosul. A elevação iria expirar em 31 de julho.
Argumentação
“A maior parte dos resíduos importados, em todos os códigos NCMs [Nomenclatura Comum do Mercosul] abrangidos pela medida, é proveniente de países fora do Mercosul. Isso reforça a importância da medida para estimular o mercado nacional e evitar a entrada de materiais de baixa qualidade ou com origem duvidosa ”, destacou o MDIC.
Ainda segundo a pasta, a prorrogação garante a abrangência da medida a todos os tipos de resíduos de papel, plástico e vidro relevantes. Isso porque a escolha de apenas algumas categorias poderia levar à “fuga” de produtos para outras classificações fiscais. Isso diminuiria a efetividade da medida.