ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Gestores de fundos querem usar a inteligência artificial; antes, buscam talentos

Em evento da Bloomberg, alguns dos principais gestores de ativos do Brasil debateram os desafios da indústria. Para a maioria, a prioridade é contratar bem

Tecnologia: para os gestores de ativos brasileiros, as ferramentas de inteligência artificial serão um diferencial competitivo (GettyImages/Divulgação)

Tecnologia: para os gestores de ativos brasileiros, as ferramentas de inteligência artificial serão um diferencial competitivo (GettyImages/Divulgação)

Rodrigo Caetano
Rodrigo Caetano

Editor ESG

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 14h00.

Última atualização em 25 de agosto de 2023 às 15h41.

A inteligência artificial já é uma realidade na indústria brasileira de fundos de investimento, que atingiu a marca de 1,5 trilhão de dólares em ativos sob gestão. A tecnologia, inclusive, ajuda a analisar as reuniões do Banco Central, como destaca Bruno Funchal, CEO do Bradesco Asset Management, um dos participantes do evento Bloomberg Buy-Side Forum 2023, realizado em São Paulo, em agosto. Sinal de que a tecnologia irá substituir, em breve, os seres humanos? Não é bem assim.

Uma pesquisa rodada durante o evento, com mais de 400 participantes, mostrou que a questão número um na indústria de gestão de ativos brasileira, hoje, é encontrar os talentos certos. O levantamento aponta que a decisão mais crítica a ser tomada pelos executivos é sobre tecnologia, e que ter as ferramentas mais avançadas será uma vantagem competitiva. Mas o futuro depende, em última análise, de decisões tomadas por humanos.

“Mais do que antever o futuro, precisamos criá-lo”, afirmou Denisio Liberato, CEO do BB Asset Management, a maior gestora do Brasil. “Inteligência artificial, novas tecnologias e ESG são nossos drivers.”

Habilidades verdes já aparecem como exigência em 10% dos anúncios de emprego, veja como adquiri-las

Taxa de juros e diversificação

O tema da taxa de juros brasileira, ainda que talentos e tecnologia tenham dominado a pauta, se mostrou resiliente nas discussões. A expectativa é de que a normalização do cenário, com a queda da Selic, leve a uma diversificação dos investimentos. “Com a normalização das taxas de juros, os investidores estarão abertos a diversos investimentos, como fundos negociados em bolsa (ETFs)”, disse Allan Hadid, head de Asset Management do BTG Pactual.

Para capturar esse movimento, adotar estratégias baseadas em dados será fundamental, como destacou Jorge Larangeira, CIO e sócio fundador da Giant Steps Capital. Nesse sentido, o head de pesquisa quantitativa da Bloomberg, Bruno Dupire, deu o veredito: a inteligência artificial e o machine learning são poderosos e desempenharão um papel cada vez mais importante para ajudar os executivos buy-side a tomarem as decisões de investimento mais informadas.

Os debates do Bloomberg Buy-Side Forum podem ser assistidos online. O evento no Brasil está entre as 10 versões que acontecem globalmente e se junta aos já realizados em Londres, Mumbai e Toronto este ano.

Acompanhe tudo sobre:Bloombergfundos-de-acoes

Mais de ESG

Feira Preta lança novo modelo de negócio e mira expansão internacional da economia preta

COP30 no Brasil: 31% das empresas já decidiram participar, revela estudo

Agricultura insustentável e consumo excessivo deixam a natureza em perigo, alerta ONU

Iniciativa do Rock in Rio e The Town destina R$ 2 milhões para a conservação da Amazônia