COP16: aliança latino-americana quer acelerar a transição energética na região
Iniciativa que recebeu o nome de Potência Energética terá foco em mercados já avançados nas energias limpas, como Brasil, Chile e Colômbia
Repórter de ESG
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 09h20.
De Cali, Colômbia*
Acaba de ser lançada a Aliança Potência Energética, uma união de organizações que buscam estimular a transição para fontes deenergia limpanaAmérica Latina, com foco noChile, Brasile Colômbia.Para alcançar os objetivos a que se propõe, o grupo buscará unir governos, entidades, cientistas, educadores e empresas no compromisso pelo fim do uso dos recursos fósseis e o desenvolvimento sustentável e equitativo da região.
A América Latina tem umgrande potencial entre as energias limpas, se posicionando como líder da transição. As fontessolareeólicajá representam uma parcela significativa da matriz energética na região, além de ser um tema central nos governos locais. Integram o projeto empresas e instituições como Periodistas por el Planeta, Artyc Studio, Transforma, Movilizatorio, Fundo Emerger e ClimaInfo.
Nesta sexta-feira, 25, a Aliança participará de uma audiência pública no centro de Cali com a participação de deputados representando a Colômbia, o Brasil, o Equador e o Peru, além do Ministro Colombiano de Minas e Energia, Andrés Camacho. A sessão deve discutir os impactos locais da indústria dopetróleoegásnos territórios amazônicos, dos planos de expansão dessas indústrias e as obrigações de conduta social e ambientais das empresas petrolíferas.
Fim dos combustíveis fósseis?
Ao longo da Conferência vem ganhando mais força o debate sobre as formas de financiamento e aceleração da transição. As zonas azul e verde, onde ocorrem as discussões e sessões, tem sido alvo de constantes protestos de ativistas, grupos minorizados e organizações não governamentais.
Na próxima segunda-feira, 28, a Aliança Potência Energética organizará reuniões com comunidades locais e fará uma sessão plenária para ouvir os atores envolvidos e definir as melhores estratégias para a aplicação do plano no futuro.
Coordenadora da Aliança Potência Energética, Sandra Acevedo considera fundamental essa união da América Latina para o sucesso da transição energética: “compartilhar experiências, conhecimentos, capacidades tecnológicas e recursos é uma forma de avançarmos globalmente”, disse.
Uma das cofundadoras do projeto, Lina Torres completou que a organização está concentrada em pavimentar o caminho possível para a transição energética justa, unindo comunicação e cultura no projeto ambiental. “ Se essa transição não for realizada de maneira adequada, corremos o risco de repetir os mesmos erros, tanto em nível social quanto na relação com a natureza”, explicou.
*A jornalista viajou a convite do ClimaInfo.