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Agência Internacional de Energia analisa adesão da Índia

Segundo a instituição, a adesão marcaria uma “enorme mudança na governança energética internacional” para assegurar a segurança energética no combate às mudanças climáticas

Narendra Modi: Primeiro-ministro da Índia diz que a organização se beneficiará da entrada do país (Getty Images/Getty Images)
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 15h07.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2024 às 16h55.

Os ministros dos países membros da Agência Internacional de Energia ( AIE ) concordaram em começar a discutir a adesão da Índia como membro pleno. A aproximação do país indiano com a agência começou em 2017, mas, para a organização, o papel da Índia será “cada vez mais importante para abordar questões energéticas e climáticas”. A decisão foi anunciada em comunicado após reuniões ministeriais da AIE que aconteceram nesta terça e quarta-feira, 13 e 14.

“Estamos muito felizes que os ministros dos países membros da AIE tenham concordado em iniciar negociações de adesão com a Índia, um marco importante para a governação energética internacional. A Índia é um parceiro valioso e indispensável da nossa Agência, que desempenha um papel crucial e crescente na economia energética global. O mundo não pode planejar o futuro energético sem a Índia à mesa”, disse Fatih Birol, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia.

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A decisão aconteceu depois da Índia, país mais populoso do mundo, enviar um pedido formal de adesão plena aos 31 ministros da Agência ainda em outubro do ano passado. Segundo a instituição, a adesão marcaria uma “enorme mudança na governança energética internacional” para assegurar a segurança energética no combate às mudanças climáticas.

“A Índia é a economia que mais cresce no mundo, este crescimento precisa de segurança energética e sustentabilidade. A inclusão aumenta a credibilidade e a capacidade de qualquer instituição. 1,4 bilhões de indianos trazem talento, tecnologia e inovação para a mesa. Trazemos escala e velocidade, quantidade e qualidade para cada missão. Tenho certeza de que a AIE se beneficiará quando a Índia desempenhar um papel maior na organização”, afirma Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia.

De acordo com a Agência, nos próximos 30 anos, a Índia deve assistir ao maior crescimento de procura de energia, por conta da industrialização, urbanização e aumento do rendimento per capita.

Relação entre os EUA e a Índia

Durante visita para Washington em junho de 2023, o primeiro-ministro indiano Modi discutiu sobre a adesão do país na Agência com o presidente norte-americano, Joe Biden. Com isso, a AIE e a Índia aumentaram a sua colaboração nos últimos anos, com a AIE fornecendo análises e aconselhamento sobre questões energéticas, climáticas, de biocombustíveis, entre outros.

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