Bandeira do Mercosul (Mtcurado/Getty Images)
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Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 16h41.
Celebrado na última semana, depois de diversas rodadas de negociações envolvendo o corpo diplomático dos países que integraram os dois blocos nas últimas décadas, o acordo entre Mercosul e União Europeia é uma realidade que agora depende das ratificações pelos parlamentos nacionais, além da tradução nos idiomas de cada nação.
O acordo de livre comércio engloba 720 milhões de pessoas e representa aproximadamente 20% do PIB global. Com o tratado, a estimativa é que a economia brasileira possa expandir até 0,46% nos próximos anos, com um acréscimo de R$ 1,8 bilhão na balança comercial. O principal ponto do documento é a extinção de 90% das tarifas comerciais entre os blocos, beneficiando setores como o agrícola no Mercosul e o industrial na União Europeia.
Entre os bens enviados pelo Brasil aos países europeus estão alimentos para animais e minérios. No sentido oposto, o País tem sido destino principalmente de remédios, maquinário para a indústria e carros produzidos no Velho Continente.
Segundo dados divulgados pelo Itamaraty, entre os principais artigos comercializado pelas nações integrantes da União Europeia estão:
Quando o assunto é exportação ao mercado europeu, o top 3 do comércio exterior brasileiro é formado pelos seguintes artigos:
Em 2023, a corrente comercial de US$ 92 bilhões com a União Europeia representou 16% do comércio exterior brasileiro. O bloco é o segundo maior parceiro comercial brasileiro em volume de negócios, atrás somente da China.
“Esse acordo fortalece a economia de duas regiões, que juntas somam um PIB de mais de US$ 22 trilhões e 750 milhões de consumidores. É um marco global em um momento de tensões protecionistas, como as que se intensificaram nos Estados Unidos com a possível nova gestão do presidente eleito recentemente. Reforça a importância da cooperação internacional e da abertura comercial, contrapondo-se a políticas de isolamento”, destacou o senador Nelsinho Trad, representante brasileiro no Parlasul, o parlamento do Mercosul.
Criado com o objetivo de promover a integração regional, o bloco europeu nasceu em 1993 com o Tratado de Maastricht, que estabelece as bases para a livre circulação de pessoas, bens e serviços. Seis anos mais tarde, o grupo estabeleceria o euro como moeda.
A responsabilidade de defender os interesses do bloco internacionalmente é da Comissão Europeia, dirigida atualmente pela alemã Ursula von der Leyen, que está em seu segundo mandato à frente do colegiado e participou ativamente das negociações do acordo com o Mercosul.
Confira alguns números importantes sobre o bloco: