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Yellen defende estrutura regulatória pós-crise

Segundo Yellen, as regras podem estar afetando um pouco a liquidez do mercado, mas a dos bônus corporativos em particular continua robusta

Janet Yellen: não comentou sobre a direção da política monetária do Fed ou sobre a perspectiva econômica dos EUA (Aaron P. Bernstein/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 11h54.

Jackson Hole, Wyoming - A presidente do Federal Reserve , Janet Yellen, defendeu hoje a ampla estrutura regulatória implementada após a crise financeira mundial iniciada em 2008, mantendo, ao mesmo tempo, a possibilidade de que sejam feitas modestas alterações nas regras pós-crise.

"As pesquisas em geral sugerem que as principais reformas que adotamos impulsionaram substancialmente a resistência sem limitar, indevidamente, a disponibilidade de crédito ou o crescimento econômico", disse Yellen, em discurso preparado para o simpósio anual do Fed em Jackson Hole (Wyoming).

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Yellen, porém, acrescentou que o Fed "se compromete a avaliar onde as reformas estão funcionando e onde melhorias são necessárias para manter um sistema financeiro resistente da forma mais eficiente possível".

Segundo Yellen, as regras podem estar afetando um pouco a liquidez do mercado, mas a dos bônus corporativos em particular continua robusta.

No discurso de hoje, Yellen não comentou sobre a direção da política monetária do Fed ou sobre a perspectiva econômica dos EUA.

Pela terceira vez em quatro anos, Yellen fez o discurso de abertura do simpósio do Fed, que é patrocinado pela distrital do BC americano em Kansas City. O tema da conferência deste ano é "Estimulando uma Economia Global Dinâmica".

Essa poderá ser a última aparição de Yellen em Jackson Hole como líder do Fed, uma vez que seu mandato termina no começo de fevereiro do próximo ano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já declarou que Yellen está entre os candidatos que ele cogita para o cargo. Outro nome que vem sido citado para a presidência do Fed é o do atual diretor do Conselho Econômico Nacional, Gary Cohn. A nomeação depende de confirmação do Senado, onde os republicanos têm maioria por uma estreita margem.

O governo Trump tem como uma de suas prioridades a reversão das regras da chamada reforma financeira de Dodd-Frank, que foi implementada em 2010, na esteira da crise mundial e da recessão dos EUA.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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