Economia

Xi define China e Índia como motores globais de crescimento

Para presidente chinês, combinação da "fábrica do mundo" e do "escritório de serviços de apoio" vai direcionar o crescimento econômico mundial


	Xi Jinping: "Como os dois motores da economia asiática, precisamos nos tornar parceiros de cooperação"
 (Jim Bourg/Reuters)

Xi Jinping: "Como os dois motores da economia asiática, precisamos nos tornar parceiros de cooperação" (Jim Bourg/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 09h11.

Ahmedabad - A combinação da "fábrica do mundo" e do "escritório de serviços de apoio" vai direcionar o crescimento econômico mundial, afirmou o presidente chinês, Xi Jinping, antes de uma rara visita à Índia nesta quarta-feira, minimizando as desconfianças que têm mantido os gigantes asiáticos afastados.

O novo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, está determinado a construir relações mais próximas com a segunda maior economia do mundo, cujo líder chegou no 64º aniversário de Modi armado com promessas de investir bilhões de dólares em ferrovias, parques industriais e estradas.

"Como os dois motores da economia asiática, precisamos nos tornar parceiros de cooperação liderando o crescimento", escreveu Xi em uma coluna no jornal The Hindu.

Ele afirmou que a forte base manufatureira da China e as habilidades científicas e de software da Índia têm grande potencial tanto como base de produção quando para criação de mercado consumidor.

Xi voou direto para Ahmedabad, no Estado natal de Modi, Gujarat, onde o primeiro-ministro lhe deu um buquê de lírios.

A visita coincide com a desaceleração da economia da China, com as empresas do país olhando para o exterior em busca de oportunidades de crescimento.

Um acordo avaliado em 6,8 bilhões de euros para montar dois parques industriais para investimento chinês na Índia está em jogo, afirmou uma autoridade chinesa em Nova Délhi em evento separado, onde outros acordos de 3,4 bilhões de dólares foram assinados entre empresas chinesas e indianas.

Espera-se que outros acordos avaliados em dezenas de bilhões de dólares sejam anunciados na visita de três dias, suplantando os 400 milhões de dólares investidos pela China na Índia nos últimos 14 anos.

Modi está ávido por investimentos chineses para ajudar a equilibrar os 65 bilhões de dólares em comércio anual que pesa amplamente para o lado chinês. Ele também busca mais acesso para os serviços de tecnologia da informação e de farmacêuticos da Índia à China.

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