Economia

Weidmann, do BC alemão, diz que Grécia não pode chantagear

O presidente do Bundesbank insistiu que qualquer governo formado após a eleição de 17 de junho tem que aceitar totalmente as condições do resgate de 130 bilhões de euros

"Há um acordo que todos os partidos assinaram, incluindo o governo grego", disse ele em entrevista para o jornal grego Kathimerini (Sean Gallup/Getty Images)

"Há um acordo que todos os partidos assinaram, incluindo o governo grego", disse ele em entrevista para o jornal grego Kathimerini (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 10h12.

Atenas - A zona do euro não pode permitir que qualquer país chantageie o bloco com a ameaça de contágio financeiro, afirmou nesta sexta-feira o presidente do Bundesbank (banco central da Alemanha), Jens Weidmann, dois dias antes da eleição que pode decidir se a Grécia continuará no bloco monetário.

Weidmann insistiu que qualquer governo formado após a eleição de 17 de junho tem que aceitar totalmente as condições do resgate de 130 bilhões de euros assinado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em março.

"Há um acordo que todos os partidos assinaram, incluindo o governo grego", disse ele em entrevista para o jornal grego Kathimerini e outros jornais europeus, incluindo o italiano Corriere della Sera e o espanhol El País.

"Em qualquer caso, não devemos permitir que qualquer país nos chantageie com as consequência de contágio." A eleição de domingo pode potencialmente decidir o futuro da zona do euro e os comentários de Weidmann somam-se a um coro de alertas de líderes europeus de que o novo governo grego deve se comprometer completamente com o resgate ou então perder acesso à ajuda.

Se isso acontecer, a Grécia provavelmente será forçada a deixar o bloco monetário com incertas, porém desastrosas consequências para o resto do bloco, se a especulação de outros membros também podem ser expulsos aumentar.

Pesquisas de opinião mostram que a esmagadora maioria dos gregos é a favor da continuidade do país no euro, mas ressentem o punitivo remédio de austeridade dado pela UE e o FMI.

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