Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu aquilo que poucos consideravam possível: levar as eleições para o segundo turno e ameaçar a vitória de Lula. Chegar a esse ponto, no entanto, não foi fácil. Primeiro, o tucano teve que enfrentar uma concorrência dentro do próprio partido - contra o atual governador de São Paulo, José Serra - para definir quem seria o representante do PSDB à presidência da República.

Vencida a primeira batalha, Alckmin viu à frente a primeira crise com a qual teria que lidar durante sua campanha: os ataques da facção criminosa PCC à cidade de São Paulo. As pesquisas, no entanto, viriam mostrar que o episódio não prejudicaria a campanha do tucano, que chegou ao final do primeiro turno com 41,6% dos votos, apenas sete pontos percentuais atrás de Lula.

No segundo turno, Alckmin reuniu todas as suas armas para derrotar Lula e levou-as aos debates na TV. O candidato do PSDB questionou incisivamente o rival sobre os escândalos de corrupção e suspeitas de caixa dois, mas não obteve o resultado esperado.

Em contrapartida, Lula reacendeu o debate em torno das privatizações, e com isso voltou a conquistar a preferência do eleitorado, abrindo 24 pontos de vantagem sobre o concorrente a três dias da votação.

Alckmin, no entanto, ainda mostra-se confiante numa virada nas urnas. O candidato do PSDB defende, em sua proposta de governo, a redução de impostos, com o envio de uma proposta de reforma tributária ao Congresso já janeiro. Queda mais acelerada da taxa básica de juros (Selic), forte controle dos gastos públicos e aumento dos investimentos em infra-estrutura também fazem parte de seu plano de governo.

Propostas

O Portal EXAME entrou em contato com a coordenação da campanha de Alckmin para descobrir as propostas e medidas práticas para os seguintes temas econômicos:

• ajuste fiscal;
• política monetária;
• comércio exterior e câmbio;
• reforma tributária;
• desburocratização;
• infra-estrutura;
• política industrial

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