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Volume de serviços cai 1% e registra pior agosto da série

O setor contraiu mais do que o esperado e teve recuo de 1% em relação ao mês anterior

Serviços: em relação a agosto do ano passado, o setor encolheu 2,4% no volume (foto/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 10h29.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 10h29.

Rio de Janeiro/São Paulo - O setor de serviços brasileiro contraiu mais do que o esperado em agosto e registrou o pior resultado para o mês na série histórica, apesar da inflação baixa e dos sinais de melhora do emprego no país.

O volume de serviços recuou 1 por cento em agosto na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, após queda de 0,8 por cento em julho.

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Em relação a agosto do ano passado, o setor encolheu 2,4 por cento no volume. A série histórica do IBGE foi iniciada em 2012.

Ambos os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, que eram de recuo de 0,6 por cento na base mensal e de 2,0 por cento sobre o ano anterior.

Entre as categorias analisadas, os Serviços prestados às famílias interromperam três meses consecutivos de crescimento e foram a única atividade a encolher em agosto, com queda de 4,8 por cento.

Isso acabou sufocando os avanços de 1,6 por cento em Serviços profissionais, administrativos e complementares, de 1 por cento em Outros serviços, de 0,7 por cento em Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e de 0,3 por cento em Serviços de informação e comunicação.

"Agosto costuma ser difícil para o setor e para economia em geral, porque as pessoas voltam de férias e, depois de gastarem nesse período, seguram os gastos e o orçamento em agosto", explicou o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha.

As perdas apresentadas no setor de serviços vieram apesar da inflação e dos juros baixos no país que incentivam o consumo, mostrando que a recuperação será irregular.

Recentemente o mercado de trabalho passou a dar sinais de melhora, com a taxa de desemprego recuando para 12,6 por cento no trimestre até agosto e dando base para a recuperação da economia após a recessão que afetou o país.

A confiança no setor de serviços também vem melhorando, avançando em setembro pela terceira vez consecutiva e chegando ao nível mais alto desde o final de 2014.

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