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Volume de serviços do Brasil registra em maio a maior perda desde 2011

Volume de serviços recuou 3,8 por cento em maio na comparação com abril, informou o IBGE

Volume de serviços do Brasil registrou em maio a maior queda em sete anos, afetado pela greve dos caminhoneiros (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2018 às 10h35.

Rio de Janeiro/São Paulo - O volume de serviços do Brasil registrou em maio a maior queda em sete anos, afetada pela forte contração na atividade de transportes causada pela greve dos caminhoneiros.

O volume de serviços recuou 3,8 por cento em maio na comparação com abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

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Esse foi o pior resultado da série iniciada em janeiro de 2011, ainda que tenha sido um pouco melhor do que a expectativa de recuo de 4,4 por cento em pesquisa da Reuters com analistas.

Na comparação com o mesmo período de 2017, o volume de serviços também encolheu 3,8 por cento em maio, leitura mais fraca desde a perda de 5,7 por cento vista em abril de 2017 e contra projeção de recuo de 3,7 por cento.

As perdas foram generalizadas entre os setores, mas lideradas pelos danos provocados pela greve dos caminhoneiros no final de maio.

O transporte terrestre despencou 15 por cento no mês, recuo mais intenso na série histórica, o que levou a perdas de 9,5 por cento na atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, também a mais forte já registrada.

"O cerne dessa queda generalizada foi a greve dos caminhoneiros que afeta transporte, pedágio, estocagem de produtos, deslocamento de pessoas e funcionários", afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

"Marginalmente, restaurantes, comércio e indústria foram afetados pela greve. A greve tem efeitos primário, secundário e marginais", acrescentou ele.

O movimento dos caminhoneiros no final de maio abalou ainda mais a confiança de consumidores e empresários no país ao prejudicar o abastecimento de combustíveis e alimentos, entre outros insumos, abalando a atividade econômica.

Com a cautela já em alta diante das incertezas políticas antes da eleição presidencial de outubro, as expectativas de analistas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano vêm recuando sistematicamente, agora em torno de 1,50 por cento depois de terem chegado a 3 por cento há poucos meses.

Em junho, a confiança do consumidor apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) atingiu o menor nível em 10 meses, enquanto a de serviços chegou ao nível mais fraco em nove meses.

"Temos que ver se o efeito da greve permanecerá, seja pelo impacto da própria greve, seja pela formação de expectativas dos empresários, que podem estar segurando investimentos por conta dos cenários político eeleitoral", afirmou Lobo.

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