Economia

Vice do BC japonês sinaliza debate sobre afrouxamento

Segundo vice-presidente, órgão debaterá se é necessário dar mais estímulo monetário para apoiar uma economia que não deve atingir as previsões


	Sede do Banco Central do Japão: executivo destacou que o banco não irá descartar novas ideias para combater a deflação
 (Yuriko Nakao/Reuters)

Sede do Banco Central do Japão: executivo destacou que o banco não irá descartar novas ideias para combater a deflação (Yuriko Nakao/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 10h42.

Niigata - O Banco do Japão, banco central do país, debaterá se é necessário dar mais estímulo monetário para apoiar uma economia que não deve atingir as previsões, informou o vice-presidente do órgão, Kiyohiko Nishimura, dando o sinal mais forte até agora de que pode afrouxar a política mais uma vez este mês diante das crescentes pressões políticas.

Nishimura também sugeriu que embora o atual programa de compra de ativos do BC japonês continue sendo sua principal ferramenta de afrouxamento da política, o banco central não irá descartar novas ideias para combater a deflação, que tem prejudicado o Japão por mais de uma década.

"O BC esteve e sempre estará aberto para qualquer nova possibilidade em termos de ações de política monetária", disse ele em entrevista em Niigata, noroeste do Japão, nesta quarta-feira.

As declarações de Nishimura, um dos dois vice-presidentes do BC, ecoam as visões pessimistas expressadas pela membro da diretoria Sayuri Shirai na semana passada, um sinal de que o banco central está caminhando para afrouxar a política mais uma vez este mês, apesar de ter aumentado a compra de ativos por dois meses seguidos.

"Nós agimos em setembro e outubro porque o que nós pensamos é que os riscos do verão se materializaram. Temos que debater e avaliar se aquilo foi suficiente, levando em conta vários dados que foram divulgados desde então", disse ele.

O BC japonês está sob intensa pressão política para tomar ações mais arrojadas para combater a deflação.

O líder do principal partido de oposição do país, Shinzo Abe, que deve ganhar a eleição geral de 16 de dezembro, pediu por afrouxamento "ilimitado" para atingir inflação de 2 por cento, assim como uma possível revisão para a lei que garante a independência do BC.

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