Economia

Lira promete apresentar relatório da reforma tributária no início de maio

"Congresso não pode ficar prisioneiro da paralisia política das guerras legislativas", disse Lira. Matéria começou a ser discutida no Congresso no início de 2020 e não avançou

Frente Parlamentar Ética Contra a Corrupção - 27/01/2021
Rodada de entrevistas com candidatos à presidência da Câmara. Dep. Arthur Lira (PP - AL) (Michel Jesus/Agência Câmara)

Frente Parlamentar Ética Contra a Corrupção - 27/01/2021 Rodada de entrevistas com candidatos à presidência da Câmara. Dep. Arthur Lira (PP - AL) (Michel Jesus/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de abril de 2021 às 19h25.

Última atualização em 24 de abril de 2021 às 22h01.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai apresentar no dia 03 de maio o texto da reforma tributária. A declaração foi publicada em rede social, neste sábado.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o texto reúne três propostas de reforma tributária, da Câmara dos Deputados, do Senado e do governo federal. A matéria começou a ser discutida no Congresso no início de 2020 e não avançou.

"O congresso não pode ficar prisioneiro da paralisia política das guerras legislativas. Mais do que nunca, temos que cumprir nosso dever com a sociedade”, disse Lira, acrescentando:

“Como sinalização de que a política do cabo de guerra não vai alterar nossa missão, estaremos tornando pública na segunda-feira, dia 3 de maio, a versão inicial do texto da reforma tributária.

Ele destacou que pretende fazer um amplo debate com a sociedade sobre a reforma tributária.

“O objetivo é discutir com a sociedade, fazer consultas públicas, receber críticas e os aprimoramentos, com transparência e participação de todos. Temos de enfrentar os problemas do Brasil, apesar das crises passageiras”.

Relembre a proposta de reforma tributária

A proposta de reforma tributária do Senado é a mais antiga, tendo sido relatada pelo ex-deputado Luiz Carlos Hauly. Ela é mais ampla, reúne todos os tributos federais, estaduais e municipais e cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS).

A proposta da Câmara foi apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) em abril de 2019. Ela acaba com três impostos federais (IPI, PIS e Cofins) e com o ICMS, de competência dos estados. Em substituição, também cria um imposto de valor agregado.

Já a reforma encaminhada pelo governo federal é mais enxuta e prevê unificação do PIS e da Confins com alíquota única de 12% para os todos os setores da economia. Foi enviada em agosto de 2020. A proposta cria a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).

Apesar da necessidade de reformular simplificar o sistema tributário brasileiro, a reforma não avança por causa dos interesses envolvidos e receio de perda na arrecadação por parte dos entes federados.

Acompanhe tudo sobre:Arthur LiraCâmara dos DeputadosReforma tributária

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor