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Venezuela entra em recessão e tem inflação anual de 63,6%

A contração de 2,3% no PIB do terceiro trimestre se segue às quedas de 4,8% e 4,9% no primeiro e segundo trimestres do ano, respectivamente

Bolívares: inflação em novembro foi de 4,7%, somando 63,6% nos últimos 12 meses (Meridith Kohut/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 06h02.

A Venezuela entrou em recessão no ano de 2014, com queda do PIB durante três trimestres consecutivos, e registrou uma inflação anual recorde de 63,6% em novembro, informou nesta terça-feira o Banco Central venezuelano (BCV).

A contração de 2,3% no PIB do terceiro trimestre se segue às quedas de 4,8% e 4,9% no primeiro e segundo trimestres do ano, respectivamente.

A inflação em novembro foi de 4,7%, somando 63,6% nos últimos 12 meses.

Segundo o BCV, o resultado do PIB e da inflação foram provocados pelos protestos da oposição ocorridos entre fevereiro e maio, que "impediram a distribuição de bens básicos à população e a produção normal de bens e serviços", com a consequente "alta inflacionária e a queda da atividade econômica".

O contexto é de forte queda nos preços do petróleo, o principal produto de exportação venezuelano e fonte vital de divisas para o país.

"Desde o segundo trimestre já estávamos em recessão. Dois trimestres consecutivos de queda na economia é tecnicamente uma recessão", afirmou o economista José Guerra, ex-gerente de Pesquisas Econômicas do BCV.

Durante 2014, a escassez crônica de divisas levou o país com as maiores reservas de petróleo do mundo a enfrentar um desabastecimento de produtos básicos e uma crescente inflação.

Parte deste cenário se explica pela queda de 12,3% nas importações do setor privado, em uma economia que depende da importação de alimentos e medicamentos, entre outros produtos.

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A Venezuela entrou em recessão no ano de 2014, com queda do PIB durante três trimestres consecutivos, e registrou uma inflação anual recorde de 63,6% em novembro, informou nesta terça-feira o Banco Central venezuelano (BCV).

A contração de 2,3% no PIB do terceiro trimestre se segue às quedas de 4,8% e 4,9% no primeiro e segundo trimestres do ano, respectivamente.

A inflação em novembro foi de 4,7%, somando 63,6% nos últimos 12 meses.

Segundo o BCV, o resultado do PIB e da inflação foram provocados pelos protestos da oposição ocorridos entre fevereiro e maio, que "impediram a distribuição de bens básicos à população e a produção normal de bens e serviços", com a consequente "alta inflacionária e a queda da atividade econômica".

O contexto é de forte queda nos preços do petróleo, o principal produto de exportação venezuelano e fonte vital de divisas para o país.

"Desde o segundo trimestre já estávamos em recessão. Dois trimestres consecutivos de queda na economia é tecnicamente uma recessão", afirmou o economista José Guerra, ex-gerente de Pesquisas Econômicas do BCV.

Durante 2014, a escassez crônica de divisas levou o país com as maiores reservas de petróleo do mundo a enfrentar um desabastecimento de produtos básicos e uma crescente inflação.

Parte deste cenário se explica pela queda de 12,3% nas importações do setor privado, em uma economia que depende da importação de alimentos e medicamentos, entre outros produtos.

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