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Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2009 às 11h50.
Por Rodrigo Petry
São Paulo - As vendas reais (descontada a inflação) no setor supermercadista subiram 7,27% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo informou hoje a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com setembro, as vendas tiveram alta de 8,02%. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o indicador aponta alta de 5,57% ante igual período de 2008. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo, medido pela Abras e pela GfK, registrou alta de 0,87% em outubro ante setembro, para R$ 261,57. Os produtos da cesta que registraram as maiores altas foram a cebola (31,50%), o tomate (8,07%) e o açúcar (7,54%). As maiores baixas foram identificadas no leite longa vida (queda de 11,32%), no queijo mussarela (baixa de 7,09%) e no creme dental (recuo de 4,06%). Em relação a outubro de 2008, o valor da cesta subiu 1,42%.
Segundo a Abras, os bons resultados apresentados pelos supermercados ocorreram em grande parte devido ao aumento de renda das classes D e E. "A inclusão dessa enorme parcela da população no mercado consumidor é sinal de maior progresso econômico e social", informou a entidade, em nota. De acordo com a Abras, o volume das vendas nos supermercados cresceu 2,4% nos dez primeiros meses do ano em relação a igual período de 2008. As maiores altas nos volumes das vendas ficaram com bebidas alcoólicas (6,8%) e perecíveis (6,1%).
Natal
A Abras prevê um crescimento de 7,9% nas vendas do setor no Natal deste ano, em relação ao mesmo período de 2008. De acordo a entidade, aproximadamente 65% das empresas entrevistadas aumentaram seus pedidos à indústria. A fatia das empresas que mantiveram patamares de compras semelhantes a 2008 foi de aproximadamente 33%, enquanto apenas 3% das entrevistadas reduziram as compras. A pesquisa envolveu 125 supermercados e foi realizada entre 19 de outubro e 13 de novembro.
O levantamento aponta que 56% das empresas pretendem contratar mão de obra temporária para este Natal. A expectativa da Abras é de que sejam gerados 11,5 mil postos de trabalho no período, dos quais 13% devem ser transformados em empregos efetivos.