Economia

Vendas do varejo brasileiro sobem 3,1% em março, diz Cielo

O crescimento em março ano a ano foi puxado pelo desempenho dos setores de bens não duráveis e serviços

Varejo: o destaque positivo foi o Sudeste, que teve a maior aceleração segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário (Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

Varejo: o destaque positivo foi o Sudeste, que teve a maior aceleração segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário (Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 12h40.

São Paulo - O varejo brasileiro cresceu 3,1 por cento em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, descontando a inflação do período, de acordo com o ICVA, índice da empresa de meios de pagamentos Cielo, divulgado nesta terça-feira.

Ajustado ao efeito calendário, o índice deflacionado teve crescimento de 2,2 por cento, uma aceleração em relação à alta de 1,5 por cento apurada em fevereiro.

Já em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o ICVA subiu 4,7 por cento sobre março do ano passado.

"Mesmo descontando o efeito do calendário, o resultado do mês de março mostrou que o varejo voltou a acelerar após a queda do ritmo verificado em fevereiro", disse Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo, em nota.

A última semana de março, entre os dias 25 e 31, marcou o período que antecedeu a Páscoa e registrou crescimento nominal de 4,2 por cento ante os mesmos dias do ano passado.

No primeiro trimestre, o ICVA registrou crescimento de 1,7 por cento em relação ao mesmo período de 2017, descontada a inflação. Em termos nominais, o índice teve alta de 3,2 por cento no mesmo período de análise.

"Nos últimos fechamentos de trimestre vínhamos destacando a recuperação principalmente no índice deflacionado, mas não tão forte no nominal, dado que a inflação estava caindo. Neste último trimestre, o número nominal já apresenta uma melhora mais visível", disse Mariotto.

O crescimento em março ano a ano foi puxado pelo desempenho dos setores de bens não duráveis e serviços, enquanto que os de bens duráveis e semiduráveis tiveram retração.

Regionalmente, o destaque positivo foi o Sudeste, que teve a maior aceleração segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário.

Já pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, o varejo ampliado na região Norte subiu 7 por cento, seguido pelas regiões Sul (+5,4 por cento) e Nordeste (4,5 por cento). Ainda nessa métrica, as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram altas de 2,6 por cento e de 2 por cento, respectivamente.

Pelo ICVA nominal, o destaque foi a região Norte, com alta de 7,1 por cento. Sul e Nordeste aparecem na sequência, com altas de 6,5 por cento e 5,6 por cento, respectivamente. Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram expansão de 4,1 por cento e de 3,6 por cento, respectivamente.

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