Economia

Vendas do comércio crescem 7,53%, mas mostram desaceleração

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo reduziram a taxa de crescimento do volume de vendas de 10,40% em julho para 4,06% em agosto, constituindo a maior influência para o desaceleração da expansão do varejo

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

Pelo nono mês consecutivo as vendas do comércio cresceram, mas em ritmo desacelerado. Comparando agosto com o mesmo mês do ano passado o avanço foi de 7,53%, acumulando alta de 9,45% no ano e de 5,83% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão em termos de receita nominal foi de 13,2% em agosto, 11,95% no acumulado dos oito primeiros meses de 2004 e 11,8% entre setembro do ano passado e agosto deste ano. De acordo com o instituto, os números indicam diminuição no ritmo de expansão do varejo.

Com exceção de Tocantins e Goiás, o volume de vendas do varejo cresceu em todos os estados (leia reportagem de EXAME sobre a volta dos brasileiros às compras). Responsáveis por quase metade da receita bruta do comércio varejista nacional, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram desempenhos diferentes. O Rio ampliou o crescimento de 6,94% em julho para 8,55% em agosto, enquanto São Paulo reduziu a taxa de 12,4% para 6,3%. No acumulado do ano, o Rio de Janeiro registra avanço de 7,53%, e São Paulo, de 9,15%.

De acordo com o IBGE, o segmento de móveis e eletrodomésticos voltou a ser o principal responsável pelo crescimento do comércio varejista, ao expandir o volume de vendas em 29,5% com relação a agosto do ano passado. Mas o instituto frisa que essa foi a primeira vez nos últimos seis meses em que a taxa ficou abaixo dos 30%.

O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo reduziu de 10,4% em julho para 4,06% em agosto o crescimento em volume de vendas, dando a maior contribuição para a desaceleração do varejo entre julho e agosto.

O segmento de veículos, motos, partes e peças foi destaque tanto pela magnitude da taxa de desempenho apresentada (+32,2% em volume de vendas sobre agosto de 2003), como por ser uma das poucas exceções em termos de aumento do ritmo de crescimento - mais de dez pontos percentuais sobre a taxa de julho. O setor de material de construção foi outro que expandiu o ritmo de crescimento em agosto, com acréscimo de 9,78% no volume de vendas sobre igual mês de 2003.

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