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Vendas do comércio crescem 2,35% em janeiro

Receita também cresceu na comparação com dezembro, favorecida por aumento da renda dos consumidores, aponta IBGE

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

Embalado em ritmo de aceleração desde outubro de 2005, o comércio registrou aumento de 2,35% nas vendas e de 2,17% na receita em janeiro frente a dezembro, já com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (21/02) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sobre o mesmo mês do ano passado, as vendas aumentaram em 6,54%, e a receita, em 9,47%.

O segmento que mais avançou no primeiro mês de 2006, na comparação com dezembro, foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 5,97%. Em seguida vieram móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 1,68%, e tecidos, vestuários e calçados (0,32%). O setor de combustíveis e lubrificantes foi o único a registrar queda (-2,33%) frente a dezembro.

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Na opinião de Tatiana Pinheiro, economista do banco ABN Amro Real, o comércio em janeiro mostrou um desempenho forte e acima do esperado, principalmente nos setores mais beneficiados pelo aumento de renda dos consumidores, como o de supermercados e móveis. "Ao longo de 2004 e 2005, a gente viu um movimento contínuo de recomposição da renda, da massa salarial, que favorece os setores diretamente ligados a ela. Eu acho que é isso o que a gente está vendo agora também", afirmou. Em janeiro de 2006, o IBGE apurou aumento de 2,3% no rendimento médio da população ocupada, frente ao resultado de um ano antes, para 985,90 reais.

Para a economista, o resultado de janeiro, no entanto, não indica necessariamente uma tendência de alta. Até porque, lembra Tatiana, fevereiro deve apresentar ritmo mais contido por ser um mês com feriados e com menor volume de liquidações do que o primeiro mês do ano.

Comparação com janeiro de 2005

Frente ao mesmo mês do ano passado, o comércio registrou em janeiro aumento em sete das oito atividades pesquisadas: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,85%); móveis e eletrodomésticos (12,60%); tecidos, vestuário e calçados (8,21%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,66%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (112,77%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,02%); e livros, jornais, revistas e papelaria (7,63%). Mais uma vez a única queda coube aos combustíveis e lubrificantes, cujas vendas caíram 8,62%.

O maior impacto na taxa de janeiro, na comparação com janeiro de 2005, coube ao segmento dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, "provavelmente pela melhora observada tanto no nível de ocupação quanto no rendimento médio real", assinalou o IBGE. Para a aceleração das vendas de móveis, com o segundo maior impacto no resultado global do mês, o instituto destacou as "condições favoráveis de crédito ao consumo" e os empréstimos consignados em folha como os fatores preponderantes.

O terceiro maior impacto na taxa ficou com outros artigos de uso pessoal e doméstico, enquanto o quarto lugar coube a equipamentos de escritório, informática e comunicação - setor que mostrou variação positiva de 112,77% sobre janeiro de 2005, auxiliado pelo barateamento de produtos importados com o fortalecimento do real, segundo o IBGE.

Na avaliação por unidades da federação, o maior crescimento das vendas foi notado em Tocantins (alta de 47,82%), Sergipe (39,15%) e Amapá (35,14%), na comparação com janeiro de 2005. Frente a dezembro do ano passado, o resultado de janeiro de 2006 foi mais positivo em Amapá (31,45%), São Paulo (10,29%) e Ceará (6,31%).

No acumulado dos últimos doze meses, as vendas do comércio mantêm crescimento de 4,87%, enquanto a receita registra alta de 9,96%.

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