Economia

Venda de álbuns nos EUA tem pior marca da história

Venda semanal de discos físicos e digitais cai abaixo da marca de 4 milhões pela primeira vez desde 1991, quando começou a medição


	Mulher ouve música pelo celular: streaming está canibalizando vendas
 (Getty Images)

Mulher ouve música pelo celular: streaming está canibalizando vendas (Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 18h27.

São Paulo - O longo e doloroso processo de mudança na indústria musical atingiu um novo marco negativo nos Estados Unidos.

3,97 milhões de álbuns - tanto físicos quanto digitais - foram vendidos no país entre 18 e 24 de agosto, pior número semanal desde 1991, quando começou a medição do Nielsen SoundScan.

Foi a primeira semana da história que o número total de cópias vendidas ficou abaixo dos 4 milhões. Na semana equivalente do ano passado, foram 4,88 milhões.

Os primeiro lugar foi para o novo disco de Wiz Khalifa, Blacc Hollywood, com 90 mil cópias, e a trilha sonora do filme "Frozen - Uma Aventura Congelante" ficou abaixo das 100 mil unidades pela primeira vez em mais de um ano.

Desde que a queda de vendas começou em 2002, os executivos tem que se acostumar com resultados cada vez piores. Um deles lembra à Bilboard que quando o número semanal caiu para o patamar semanal de 10 milhões, o mercado reagiu como se fosse uma tragédia.

Na comparação até agora de 2014 com o mesmo período de 2013, as vendas de álbuns físicos caíram 14,6%, as de álbuns digitais caíram 11,7%, e as de músicas avulsas digitais, 12,8%.

O consenso do mercado é que os serviços de streaming como o Spotify e o Rdio estão canibalizando as vendas digitais, que eram a tábua de esperança da indústria musical até recentemente.

A receita dos serviços de streaming também está crescendo, mas não em um ritmo suficiente para compensar as outras quedas, já que a maioria dos usuários ainda usa planos de pequeno ou baixo custo baseados em publicidade.

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