Economia

Veículos ampliam queda no faturamento em fevereiro

O recuo foi de 24,2%, bem acima da retração verificada em janeiro, de 9,4%

Mesmo diante desse desaquecimento, o emprego na indústria automotiva, no entanto, continuou crescendo em fevereiro (Germano Lüders/EXAME.com)

Mesmo diante desse desaquecimento, o emprego na indústria automotiva, no entanto, continuou crescendo em fevereiro (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 15h17.

Brasília - Entre os 19 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor de veículos automotores foi o que registrou, no mês de fevereiro, a maior queda de faturamento, quando comparada a fevereiro de 2011. O recuo foi de 24,2%, bem acima da retração verificada em janeiro, de 9,4%.

Na outra ponta, o setor que mostrou o melhor resultado foi o de material eletrônico e comunicação, que subiu 37,7%. Seguiu-se a ele o setor de madeira (16,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,4%) e papel e celulose (13,1%).

A perda de dinamismo do setor de veículos se viu também nos demais indicadores de atividade analisados pela CNI. As horas trabalhadas, por exemplo, recuaram 6% de fevereiro de 2011 para fevereiro deste ano e a utilização da capacidade instalada ficou abaixo da de fevereiro do ano passado (-3,9 ponto porcentual), o que aponta crescimento da ociosidade do setor.

Mesmo diante desse desaquecimento, o emprego na indústria automotiva, no entanto, continuou crescendo em fevereiro, embora em ritmo mais lento: passou de uma expansão de 2,9% em janeiro para 2% no mês seguinte. "Os indicadores de emprego demoram mais para aparecer. Isso é mais lento devido à falta de flexibilidade da lei no Brasil. Há resistência para o industrial demitir, pois ele perde o funcionário treinado e também porque é muito caro o processo de demissão", avaliou o economista da CNI, Marcelo D'ávila.

Máquinas e equipamentos

No setor de máquinas e equipamentos, mostra o informativo da CNI, a expansão do faturamento desacelerou à metade, de janeiro para fevereiro, passando de 13,1% para 6,4%. "O setor de máquinas e equipamentos aponta claro enfraquecimento da atividade", segundo análise de técnicos da Confederação.

As horas trabalhadas, que registraram crescimento de 0,6% em janeiro, recuaram 2,7% em fevereiro. Segundo os técnicos, a situação é muito diferente da vista em meses anteriores, quando as horas trabalhadas apontaram crescimento contínuo.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) no setor acompanhou a queda das horas trabalhadas. Em fevereiro, o indicador ficou 1,2 ponto porcentual abaixo do verificado em igual mês de 2011.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosIndústriasetor-eletroeletronicoVeículos

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega