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Um 2016 para esquecer no varejo

Hoje é mais um daqueles dias para se entender o tamanho do buraco econômico em que o país se encontra. O IBGE divulga os dados oficiais de vendas no varejo para o ano de 2016, mostrando o resultado do comércio em um ano de crises política e financeira. É esperado que 2016 marque o pior ano […]

COMÉRCIO VAREJISTA: taxa de desemprego e crédito escasso devem pesar para sacramentar a pior recessão da história / Oli Scarff/Getty Images
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 05h10.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h41.

Hoje é mais um daqueles dias para se entender o tamanho do buraco econômico em que o país se encontra. O IBGE divulga os dados oficiais de vendas no varejo para o ano de 2016, mostrando o resultado do comércio em um ano de crises política e financeira. É esperado que 2016 marque o pior ano para o comércio varejista na história, com as vendas de dezembro caindo 1,9% ante novembro e 3,8% ante dezembro de 2015.

Os dados que saíram até agora confirmam o quadro. Ontem, quando a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou seu próprio levantamento sobre o tema, o setor bateu recordes de fechamento de lojas, demissões e queda nas vendas. A CNC apontou que cerca de 108.000 lojas foram fechadas no período, junto com 182.000 postos de trabalho. Até novembro, o último dado disponível do IBGE, o varejo ampliado, que inclui o comércio de materiais de construção e veículos, caiu 9,1% em 12 meses.

A boa notícia é que o fundo está próximo. A própria análise da CNC divulgada ontem afirma que, para este ano, a tendência é de estabilização e de números menos alarmantes. A inflação vem arrefecendo diante da redução do consumo; o governo diminui as taxas de juros; medidas microeconômicas devem facilitar o crédito.

Embora 2017 prometa vento a favor, com maior tranquilidade para o consumidor no campo econômico, um fator decisivo ainda segura as vendas no comércio: o desemprego. No fim de janeiro, o desemprego chegou a um recorde de 12,3 milhões de pessoas. Se tudo der certo, a taxa começa a cair no segundo semestre. Antes disso, não espere melhoras expressivas no varejo.

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Hoje é mais um daqueles dias para se entender o tamanho do buraco econômico em que o país se encontra. O IBGE divulga os dados oficiais de vendas no varejo para o ano de 2016, mostrando o resultado do comércio em um ano de crises política e financeira. É esperado que 2016 marque o pior ano para o comércio varejista na história, com as vendas de dezembro caindo 1,9% ante novembro e 3,8% ante dezembro de 2015.

Os dados que saíram até agora confirmam o quadro. Ontem, quando a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou seu próprio levantamento sobre o tema, o setor bateu recordes de fechamento de lojas, demissões e queda nas vendas. A CNC apontou que cerca de 108.000 lojas foram fechadas no período, junto com 182.000 postos de trabalho. Até novembro, o último dado disponível do IBGE, o varejo ampliado, que inclui o comércio de materiais de construção e veículos, caiu 9,1% em 12 meses.

A boa notícia é que o fundo está próximo. A própria análise da CNC divulgada ontem afirma que, para este ano, a tendência é de estabilização e de números menos alarmantes. A inflação vem arrefecendo diante da redução do consumo; o governo diminui as taxas de juros; medidas microeconômicas devem facilitar o crédito.

Embora 2017 prometa vento a favor, com maior tranquilidade para o consumidor no campo econômico, um fator decisivo ainda segura as vendas no comércio: o desemprego. No fim de janeiro, o desemprego chegou a um recorde de 12,3 milhões de pessoas. Se tudo der certo, a taxa começa a cair no segundo semestre. Antes disso, não espere melhoras expressivas no varejo.

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