Comércio: na cidade de São Paulo, as vendas no comércio devem fechar 2013 com crescimento de 2,4%, e o faturamento deve subir 3%, chegando a R$ 115 bilhões (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 15h37.
São Paulo – O varejo no estado de São Paulo deve encerrar o ano com aumento de 4% nas vendas na comparação com 2012.
O valor total da receita deve chegar a R$ 502,1 bilhões, sendo que R$ 50,9 bilhões são referente a dezembro.
Os dados foram divulgados hoje (11) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), na capital paulista. De acordo com a entidade, a estimativa de 4% reflete a baixa base de comparação, já que o varejo paulista cresceu 0,4% em 2012.
O setor de eletrodomésticos e eletrônicos deve ter alta de 45,1% na receita. Já as lojas de departamentos devem registrar queda de 15,5% no ano.
Na cidade de São Paulo, as vendas no comércio devem fechar 2013 com crescimento de 2,4%, e o faturamento deve subir 3%, chegando a R$ 115 bilhões.
O montante estimado para dezembro é R$ 15,8 bilhões. O destaque vai para as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, com expansão de 27,2% no faturamento comparado a 2012. Em seguida, aparecem as concessionárias de veículos, com 9,6%.
A confiança do consumidor ficou 8,2% abaixo do registrado no ano passado, influência da alta dos preços, principalmente dos alimentos, que tem impacto sobre as vendas.
Além disso, contribuiu para diminuir a confiança do consumidor o baixo índice de crescimento da economia. O endividamento das famílias cresceu 8%, acima do percentual verificado no ano passado (2,8%). O crédito cresceu, 2,3% em 2013, bem abaixo do registrado em 2012 (6,9%).
O diretor executivo da FecomercioSP, Antonio Carlos Borges, avaliou que o crescimento estimado de 4% é um bom índice, mas há preocupação com a continuidade dessa expansão.
“No próximo ano, existem fatores que ajudam no desempenho. Já tivemos inflação mais baixa que nos permitiu aumento da renda real, um nível de emprego no qual não havia nada que ameaçasse isso. Teremos também o fim das obras da Copa do Mundo e temos que levar isso em consideração.”
Segundo Borges, a situação será diferente em 2015. “Em 2015 a situação será mais complicada, porque em 2014, que é um ano eleitoral, não serão feitas as reformas que são necessárias nem vai se tentar controlar os ajustes. Mas em 2015 isso deverá ser feito de forma mais contundente do que em 2014.”