Economia

Vale lidera exportação em 2013; Petrobras perde espaço

Exportações da Vale em 2013 somaram 26,50 bilhões de dólares, contra 25,57 bilhões de dólares em 2012


	Plataforma da Petrobras: Petrobras, segunda no ranking das exportadoras, viu a receita com os embarques cair para 13,85 bilhões de dólares, 37,4 por cento abaixo do total de 2012
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Plataforma da Petrobras: Petrobras, segunda no ranking das exportadoras, viu a receita com os embarques cair para 13,85 bilhões de dólares, 37,4 por cento abaixo do total de 2012 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 16h15.

São Paulo - A mineradora Vale manteve liderança nas exportações brasileiras de empresas em 2013, enquanto a Petrobras perdeu participação nos embarques totais do período, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta sexta-feira.

As exportações da Vale, maior produtora global de minério de ferro, somaram 26,50 bilhões de dólares em 2013, contra 25,57 bilhões de dólares em 2012 (alta de 3,6 por cento), mantendo participação sobre as vendas externas totais do país perto de 11 por cento, segundo o levantamento da Secex.

O volume maior exportado e o aumento do preço médio da tonelada de minério de ferro, principal produto da Vale, contribuíram para o ganho de receita da mineradora no período.

Os embarques de minério de ferro (e concentrados) do Brasil no ano passado somaram 329,64 milhões de toneladas, com alta de 0,95 por cento, segundo levantamento da Secex --a Vale responde pela grande maioria das exportações dessa commodity.

Já o preço do médio da tonelada comercializada pelo Brasil avançou 3,86 por cento em 2013, para 98,57 dólares por tonelada.

A Petrobras, segunda no ranking das exportadoras do Brasil, viu a receita com os embarques cair para 13,85 bilhões de dólares, 37,4 por cento abaixo do total de 2012, num momento em que a produção de petróleo da empresa está praticamente estagnada. Além disso, a estatal tem exportado menos com o objetivo de atender ao mercado interno de combustíveis crescente.

Dessa forma, a participação da Petrobras nas exportações totais do Brasil recuou para 5,72 por cento, contra 9,11 por cento apurados em 2012.


A multinacional do agronegócio Bunge, com sede nos Estados Unidos, importante trading e processadora de grãos, encerrou o ano como terceira maior exportadora. Os embarques da companhia somaram 7,24 bilhões de dólares, incremento de 14,6 por cento ante 2012, em meio a uma safra recorde no país no ano passado.

As vendas da Bunge corresponderam a 2,99 por cento do total comercializado pelo Brasil em 2013. No ano anterior, esta fatia da multinacional estava em 2,61 por cento.

A BRF, maior produtora e exportadora de carne de frango do país, ficou em quarto lugar no ranking das exportações, com vendas que somaram 5,1 bilhões de dólares, quase o dobro do valor apurado em 2012.

Em 2012, a Secex ainda contabilizou separadamente os dados de Sadia e da BRF --empresa criada com a aquisição da Sadia pela Perdigão. No dado referente ao ano passado, a secretaria informou apenas os dados sobre a BRF, sem mencionar Sadia em sua lista.

O volume de carne de frango exportado por todas as empresas do setor no Brasil em 2013 recuou 0,22 por cento, para 3,55 milhões de toneladas. Apesar do leve recuo no embarque, o aumento do preço médio da tonelada no ano de 4,2 por cento, para 1.971 dólares por tonelada, ajudou a BRF.

A BRF elevou sua participação para 2,11 por cento no ano passado, ante 1,07 por cento registrado ao final de 2012.

Veja no link a lista da Secex das principais empresas nas exportações brasileiras,

Atualizado às 17h15min, para adicionar mais informações.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisComércio exteriorEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExportaçõesIndústria do petróleoMineraçãoPetrobrasPetróleoSiderúrgicasVale

Mais de Economia

Aneel aciona bandeira verde e conta de luz deixará de ter cobrança extra em agosto

Governo prevê espaço extra de R$ 54,9 bi para gastos em 2025

BID faz acordo com Coreia do Sul e vai destinar US$ 300 milhões em financiamento para América Latina

Alckmin: reforma tributária vai ampliar investimentos e exportações

Mais na Exame