Economia

Uso da capacidade da indústria brasileira sobe em julho

Capacidade e faturamento da indústria subiram em parte devido ao maior número de dias úteis em relação a junho


	Indústria: capacidade instalada subiu para 81,0% em julho, interrompendo cinco meses de queda
 (Divulgação/Innova)

Indústria: capacidade instalada subiu para 81,0% em julho, interrompendo cinco meses de queda (Divulgação/Innova)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 12h58.

Brasília - A utilização da capacidade instalada e o faturamento da indústria brasileira subiram em julho ante o mês anterior, em parte devido ao maior número de dias úteis em relação a junho, informou nesta quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O uso da capacidade instalada da indústria subiu para 81,0 por cento em julho, interrompendo sequência de cinco meses de queda, de acordo com dados dessazonalizados, ante dado revisado de junho de 80,4 por cento.

O faturamento real dessazonalizado avançou 1,2 por cento em julho na comparação com o mês anterior, após a forte queda de 6,3 por cento em junho.

As horas trabalhadas na produção aumentaram 2,6 por cento e o emprego recuou 0,2 por cento na mesma comparação. Já a massa salarial caiu 0,2 por cento, enquanto o rendimento médio real teve alta de 0,1 por cento.

A CNI atribui parte da melhora dos indicadores industriais ao menor número de dias úteis em junho frente a julho, por conta da realização da Copa do Mundo de futebol, voltando a ressaltar que o quadro continua sendo de dificuldade.

"Mesmo com o crescimento das horas trabalhadas, do faturamento e do uso do parque fabril, o quadro da indústria ainda é de desaquecimento", avaliou a entidade em nota.

No acumulado até julho, o faturamento do setor industrial recuou 5,1 por cento frente a igual período de 2013, enquanto as horas trabalhadas na produção caíram 2,3 por cento.

O emprego industrial encolheu 0,6 por cento de janeiro a julho ante os sete primeiros meses de 2013, enquanto a massa salarial recuou 0,2 por cento na mesma comparação, disse a CNI.

Com forte recuo na indústria e nos investimentos, a economia brasileira registrou contração de 0,6 por cento no segundo trimestre de 2014 e de 0,2 por cento no primeiro trimestre sobre os trimestres anteriores, levando o país a entrar em recessão técnica pela primeira vez em cinco anos, de acordo com o IBGE.

A indústria, especificamente, teve retração de 1,50 por cento no trimestre passado sobre o período anterior, com contração de 3,4 por cento ante o segundo trimestre de 2013, em dados que reforçam a grande dificuldade do setor em crescer.

Na terça-feira, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira voltou a crescer em julho depois de cinco meses seguidos de queda, com alta de 0,7 por cento frente a junho, também favorecida pela base de comparação fraca.

CNI piora projeções para 2014

A recessão técnica da economia brasileira no primeiro semestre e o desempenho ruim da indústria no período levaram a CNI a piorar as projeções para a atividade econômica este ano.

A entidade vê agora o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançando apenas 0,5 por cento este ano, ante previsão anterior de expansão de 1 por cento. Para o setor industrial, a CNI estima contração de 1,7 por cento, ante projeção anterior de uma retração de 0,5 por cento.

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