Economia

Usiminas vai elevar preços de aço em cerca de 10% em julho, diz presidente

Segundo o presidente da companhia, greve dos caminhoneiros prejudicou o escoamento da produção, que ainda não foi normalizado

Produção de minério de ferro da Musa está em cerca de 7 milhões de toneladas por ano (Reuters/Reuters)

Produção de minério de ferro da Musa está em cerca de 7 milhões de toneladas por ano (Reuters/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 29 de junho de 2018 às 20h53.

Rio de Janeiro - A Usiminas vai elevar em julho os preços de seus produtos siderúrgicos em cerca de 10 %, em média, depois de não ter conseguido aplicar reajuste entre maio e junho por conta do impacto da greve dos caminhoneiros, afirmou nesta sexta-feira (29) o presidente da companhia, Sergio Leite.

"Deve ser aumento num patamar em torno de 10 %, para todos os produtos e clientes", disse Leite a jornalistas em evento no Rio de Janeiro. "O preço no Brasil é ditado pelo mercado internacional...não afeta demanda e tem margem para esse aumento", acrescentou.

A paralisação dos caminhoneiros por 11 dias no final de maio, segundo o executivo, não prejudicou a produção da Usiminas, que deve fechar o ano num ritmo superior a 4 milhões de toneladas. Porém, ele afirmou que a greve prejudicou o escoamento da produção, algo que ainda não foi normalizado.

"Não paramos equipamentos...estamos trabalhando ainda para recuperar", disse Leite. "Não vai ter nenhum impacto sobre o balanço", acrescentou.

No final de maio, o sindicato que representa metalúrgicos da Usiminas em Ipatinga (MG) afirmou que a empresa tinha suspendido a produção de aço do alto forno número 1 da usina na cidade por causa da dificuldade em transporte da produção e chegada de insumos ao equipamento.

Leite afirmou ainda que o conselho de administração da Mineração Usiminas (Musa) vai se reunir em julho para escolher um novo presidente-executivo, depois que Wilfred Bruijn pediu demissão da companhia há algumas semanas por motivos pessoais.

Segundo Leite, a produção de minério de ferro da Musa está em cerca de 7 milhões de toneladas por ano ante uma capacidade total atual de 12 milhões. O grupo tem um projeto para elevar essa capacidade, o chamado "projeto compactos", mas ele "está hibernando" e sem expectativa de ser levado adiante, disse Leite.

O executivo comentou que a análise de viabilidade do projeto compactos dependerá da cotação do minério de ferro no mercado internacional e demanda pelo insumo e crescimento da economia global.

Acompanhe tudo sobre:acoMineraçãoMinério de ferroSiderurgiaUsiminas

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor