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Uruguai teme impactos da reforma trabalhista do Brasil no país

O país pediu que o Brasil apresente no Mercosul as propostas da reforma, que pode também atingir trabalhadores e empresários uruguaios

Uruguai: o país, no entanto, indicou que o seu governo não quer se envolver na política local de outro país (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 11h31.

Montevidéu - Uruguai pediu ao Brasil que convoque os órgãos trabalhistas do Mercosul para discutir e apresentar as suas preocupações sobre a reforma trabalhista o governo está promovendo, anunciaram ministros uruguaios.

"O governo uruguaio enviou uma nota ao Brasil, que é o presidente (pró tempore) do Mercosul, pedindo que reúna os órgãos sociotrabalhistas do Mercosul porque queremos analisar que impacto a reforma trabalhista do Brasil pode ter caso se concretize", disse o ministro de Trabalho uruguaio, Ernesto Murro.

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Na sua opinião, essa reforma pode atingir trabalhadores e empresários uruguaios.

"Se vale mais um acordo individual entre um trabalhador e um empresário do que uma lei ou um convênio, retrocedemos dois ou três séculos", advertiu Murro.

Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, indicou que o seu governo não quer se envolver na política local de outro país, mas sim apresentar as suas preocupações sobre esta reforma trabalhista no marco do Mercosul.

"Nós não vamos nos envolver na legislação interna dos países, mas queremos discutir, trocar ideias, apresentar preocupações, porque assim vai ser muito difícil competir. O salário do trabalhador não pode ser a variável de ajuste para a concorrência", explicou Nin Novoa.

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