Economia

União Europeia intensifica sanções ao Irã

O país é suspeito de fabricação de armas nucleares, embora as autoridades iranianas neguem a acusação

Mais de cem empresas e outras cinco autoridades ligadas ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad devem ter os bens congelados (Atta Kenare/AFP)

Mais de cem empresas e outras cinco autoridades ligadas ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad devem ter os bens congelados (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 13h52.

Brasília - O Conselho da União Europeia (UE) intensificou hoje (23) sanções ao Irã devido ao desenvolvimento do programa nuclear. O país é suspeito de fabricação de armas, embora as autoridades iranianas neguem a acusação. Pela decisão definida nesta manhã, mais empresas e pessoas, ligadas ao governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, terão os bens congelados.

As informações são da União Europeia. De acordo com a decisão dos europeus, a lista atinge mais de cem empresas, entre elas o Banco de Comércio Euro-Iraniano (EIHB), com sede na Alemanha, e mais cinco autoridades ligadas a Ahmadinejad. A decisão foi aprovada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países que integram o bloco da União Europeia.

A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que foi “decepcionante” a última resposta enviada pelo governo Ahmadinejad sobre um eventual acordo para a troca de combustível.

Em 17 maio de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mediadores de um acordo para a troca de urânio do Irã com a Turquia. O objetivo era usar o acordo para minimizar as suspeitas contra o programa nuclear desenvolvido pelos iranianos. Mas a proposta foi rejeitada pela maior parte da comunidade internacional.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia e vários países unilateralmente aprovaram restrições econômicas, financeiras e comerciais ao Irã, no ano passado. O governo Ahmadinejad nega todas as acusações de irregularidades envolvendo o programa nuclear iraniano.

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