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Unctad prevê contração de 1,5% do PIB do Brasil em 2015

O conjunto de países em desenvolvimento deve crescer 4,1% em 2015, menos que os 4,5% observados no ano passado

Previsão da Unctad: o Brasil deve ver o PIB passar de um crescimento de 0,1% no ano passado para queda de 1,5% este ano. (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 15h03.

Londres - A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que o Brasil amargará o segundo pior desempenho entre todas as grandes economias citadas no relatório anual sobre Comércio Exterior e Desenvolvimento.

De acordo com a entidade, a economia brasileira deverá terminar o ano com contração de 1,5%.

O relatório divulgado nesta terça-feira, 6, mostra a expectativa da entidade de que o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo interrompa a sequência de dois anos seguidos de alta e termine o ano de 2015 com crescimento de 2,5%, exatamente no mesmo ritmo visto no ano passado.

A estabilidade acontecerá basicamente porque os países em desenvolvimento crescerão menos. Já as nações ricas devem apresentar ritmo mais forte pelo quarto ano seguido.

Segundo a Unctad, o conjunto de países em desenvolvimento deve crescer 4,1% em 2015, menos que os 4,5% observados no ano passado. Se confirmado, será o menor ritmo desde 2009, quando o grupo cresceu 2,6%.

Por país, o Brasil deve ver o PIB passar de um crescimento de 0,1% no ano passado para queda de 1,5% este ano.

Já a China deve desacelerar de 7,4% para 6,9%. A Índia, ao contrário, deve avançar pelo terceiro ano seguido de 7,1% para 7,5%. Pior país de todas as projeções da Unctad, a Rússia deve terminar 2015 com contração do produto de 3,5%, ante crescimento de 0,6% no ano passado.

Mesmo com essa desaceleração no conjunto dos países em desenvolvimento, a taxa nominal dos emergentes ainda será mais que o dobro dos desenvolvidos.

No relatório, a Unctad prevê que conjunto dos países desenvolvidos deverá terminar o ano com crescimento de 1,9%, acima do ritmo de 1,6% registrado no ano passado.

Entre os países do grupo, os Estados Unidos devem terminar com expansão de 2,3%, ligeiramente abaixo dos 2,4% do ano passado. A zona do euro deve crescer 1,5% (ante 0,8% em 2014) e o Japão terá ritmo de 0,9% (ante -0,1%).

Crise no Brasil

A fraqueza econômica do Brasil afeta o comércio exterior regional na América do Sul, segundo o relatório da Unctad.

A entidade diz que o Brasil compra menos principalmente itens manufaturados dos vizinhos sul-americanos e que a tendência de fraqueza da economia deve permanecer em 2015.

"Na América Latina e no Caribe, o comércio exterior praticamente estancou em grande parte devido à queda do valor da unidade exportada. A fraca demanda da China e a desaceleração do comércio inter-regional afeta especialmente os sul-americanos. Em particular, o setor de máquinas e equipamentos de transporte que foi fortemente afetado pela queda das importações do Brasil, a maior economia regional", diz o relatório.

A instituição destaca a queda de 7,9% no total das exportações dos países da América do Sul para o Brasil em 2014.

A Unctad nota ainda que a tendência das exportações do Brasil contrasta com o que acontece no México.

Enquanto a queda do preço das commodities derruba as receitas do Brasil com a venda de minério de ferro e soja, os embarques das empresas mexicanas crescem.

"As exportações (do México) para os Estados Unidos aumentaram de forma significativa. Além disso, a venda de automóveis mexicanos para a maioria das regiões do mundo, em especial a Ásia, aumentou significativamente", diz o relatório, que nota que a Europa é a exceção e houve queda no embarque de carros do México para a região.

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Londres - A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que o Brasil amargará o segundo pior desempenho entre todas as grandes economias citadas no relatório anual sobre Comércio Exterior e Desenvolvimento.

De acordo com a entidade, a economia brasileira deverá terminar o ano com contração de 1,5%.

O relatório divulgado nesta terça-feira, 6, mostra a expectativa da entidade de que o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo interrompa a sequência de dois anos seguidos de alta e termine o ano de 2015 com crescimento de 2,5%, exatamente no mesmo ritmo visto no ano passado.

A estabilidade acontecerá basicamente porque os países em desenvolvimento crescerão menos. Já as nações ricas devem apresentar ritmo mais forte pelo quarto ano seguido.

Segundo a Unctad, o conjunto de países em desenvolvimento deve crescer 4,1% em 2015, menos que os 4,5% observados no ano passado. Se confirmado, será o menor ritmo desde 2009, quando o grupo cresceu 2,6%.

Por país, o Brasil deve ver o PIB passar de um crescimento de 0,1% no ano passado para queda de 1,5% este ano.

Já a China deve desacelerar de 7,4% para 6,9%. A Índia, ao contrário, deve avançar pelo terceiro ano seguido de 7,1% para 7,5%. Pior país de todas as projeções da Unctad, a Rússia deve terminar 2015 com contração do produto de 3,5%, ante crescimento de 0,6% no ano passado.

Mesmo com essa desaceleração no conjunto dos países em desenvolvimento, a taxa nominal dos emergentes ainda será mais que o dobro dos desenvolvidos.

No relatório, a Unctad prevê que conjunto dos países desenvolvidos deverá terminar o ano com crescimento de 1,9%, acima do ritmo de 1,6% registrado no ano passado.

Entre os países do grupo, os Estados Unidos devem terminar com expansão de 2,3%, ligeiramente abaixo dos 2,4% do ano passado. A zona do euro deve crescer 1,5% (ante 0,8% em 2014) e o Japão terá ritmo de 0,9% (ante -0,1%).

Crise no Brasil

A fraqueza econômica do Brasil afeta o comércio exterior regional na América do Sul, segundo o relatório da Unctad.

A entidade diz que o Brasil compra menos principalmente itens manufaturados dos vizinhos sul-americanos e que a tendência de fraqueza da economia deve permanecer em 2015.

"Na América Latina e no Caribe, o comércio exterior praticamente estancou em grande parte devido à queda do valor da unidade exportada. A fraca demanda da China e a desaceleração do comércio inter-regional afeta especialmente os sul-americanos. Em particular, o setor de máquinas e equipamentos de transporte que foi fortemente afetado pela queda das importações do Brasil, a maior economia regional", diz o relatório.

A instituição destaca a queda de 7,9% no total das exportações dos países da América do Sul para o Brasil em 2014.

A Unctad nota ainda que a tendência das exportações do Brasil contrasta com o que acontece no México.

Enquanto a queda do preço das commodities derruba as receitas do Brasil com a venda de minério de ferro e soja, os embarques das empresas mexicanas crescem.

"As exportações (do México) para os Estados Unidos aumentaram de forma significativa. Além disso, a venda de automóveis mexicanos para a maioria das regiões do mundo, em especial a Ásia, aumentou significativamente", diz o relatório, que nota que a Europa é a exceção e houve queda no embarque de carros do México para a região.

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