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UE tranquiliza França sobre proteção cultural

Bloco pediu a Paris que não use as preocupações para impedir um acordo de livre comércio com os EUA

Ameaça a produção cultural francesa: país quer garantias de que programas de TV, filmes e produtos para a internet dos EUA ficarão de fora de acordo de livre comércio (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 10h21.

Luxemburgo - Países da UE buscaram nesta sexta-feira tranquilizar a França sobre a preservação dos seus produtos culturais diante do poderio de Hollywood e do Vale do Silício. O bloco europeu pediu a Paris que não use essas preocupações para impedir um acordo de livre comércio com os EUA.

A França diz que não participará das negociações, previstas para começarem em julho, se não receber de antemão garantias de que programas de TV, filmes e produtos para a Internet ficarão de fora.

Ministros de Comércio da UE reunidos em Luxemburgo tentaram resolver a questão na sexta-feira em uma reunião a portas fechadas, mas participantes disseram à Reuters que a França se aferrou à sua posição. O bloco precisa convencer a França a participar porque suas regras exigem unanimidade para a adoção de tratados comerciais que toquem em questões culturais.

"Eu diria que as chances de um acordo são meio a meio", disse o ministro finlandês Alexander Stubb ao chegar para a reunião. "Não há nada que ameace o setor cinematográfico francês ou europeu, e eu certamente continuarei a assistir a todos os meus amados filmes franceses mesmo depois dessa negociação de livre comércio." A ministra francesa do Comércio, Nicole Bricq, disse a seus colegas que Paris rejeita terminantemente qualquer mandato de negociação que não exclua claramente o setor audiovisual.

Segundo ela, os EUA já dominam 60 por cento do mercado cinematográfico europeu, ao passo que a participação da Europa no mercado norte-americano fica entre 3 e 6 por cento. "Quem está aberto e quem está fechado?", disse ela, segundo transcrição do seu discurso divulgada por diplomatas.

Partidários do livre mercado, como Alemanha e Grã-Bretanha, dizem que é vital levar adiante aquele que poderá ser o maior acordo comercial da história, por causa dos benefícios econômicos que ele acarretará, especialmente num momento de recessão na maior parte da Europa Ocidental.

Eles também temem que a exceção cultural leve os EUA a buscarem exclusões semelhantes -- no setor marítimo, por exemplo, o que preocupa Dinamarca e Grécia, que têm grande participação nessa atividade.

Juntos, UE e EUA respondem por metade do PIB global de por um terço de todo o comércio.

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Luxemburgo - Países da UE buscaram nesta sexta-feira tranquilizar a França sobre a preservação dos seus produtos culturais diante do poderio de Hollywood e do Vale do Silício. O bloco europeu pediu a Paris que não use essas preocupações para impedir um acordo de livre comércio com os EUA.

A França diz que não participará das negociações, previstas para começarem em julho, se não receber de antemão garantias de que programas de TV, filmes e produtos para a Internet ficarão de fora.

Ministros de Comércio da UE reunidos em Luxemburgo tentaram resolver a questão na sexta-feira em uma reunião a portas fechadas, mas participantes disseram à Reuters que a França se aferrou à sua posição. O bloco precisa convencer a França a participar porque suas regras exigem unanimidade para a adoção de tratados comerciais que toquem em questões culturais.

"Eu diria que as chances de um acordo são meio a meio", disse o ministro finlandês Alexander Stubb ao chegar para a reunião. "Não há nada que ameace o setor cinematográfico francês ou europeu, e eu certamente continuarei a assistir a todos os meus amados filmes franceses mesmo depois dessa negociação de livre comércio." A ministra francesa do Comércio, Nicole Bricq, disse a seus colegas que Paris rejeita terminantemente qualquer mandato de negociação que não exclua claramente o setor audiovisual.

Segundo ela, os EUA já dominam 60 por cento do mercado cinematográfico europeu, ao passo que a participação da Europa no mercado norte-americano fica entre 3 e 6 por cento. "Quem está aberto e quem está fechado?", disse ela, segundo transcrição do seu discurso divulgada por diplomatas.

Partidários do livre mercado, como Alemanha e Grã-Bretanha, dizem que é vital levar adiante aquele que poderá ser o maior acordo comercial da história, por causa dos benefícios econômicos que ele acarretará, especialmente num momento de recessão na maior parte da Europa Ocidental.

Eles também temem que a exceção cultural leve os EUA a buscarem exclusões semelhantes -- no setor marítimo, por exemplo, o que preocupa Dinamarca e Grécia, que têm grande participação nessa atividade.

Juntos, UE e EUA respondem por metade do PIB global de por um terço de todo o comércio.

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